São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997 |
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Projeto brasileiro ganha prêmio
AMIR LABAKI
Entitula-se "O Cinema, a Aspirina e os Urubus" o roteiro a ser desenvolvido pelo realizador. "É menos um road-movie que uma saga, passada no Nordeste dos anos 40, mostrando o início da industrialização", disse Gomez. "Nos anos 30 a Bayer lançou a aspirina em caminhões itinerantes. Havia a projeção de um filme e depois de fitas publicitárias. A aspirina para as dores, o cinema para os sonhos -este era o mote." Marcelo Gomez estudou cinema em Bristol, Inglaterra, em 1992, e desde 1993 faz mestrado na ECA-USP. Seu curta de estréia, "Maracatu, Maracatus" (1995), combina elementos documentais e de ficção para tratar da origem do ritual afro-indígena nos engenhos de açúcar de Pernambuco. A bolsa para o desenvolvimento de roteiro é de US$ 10.000. Dedicado a projetos "cuja excelência artística influencia de maneira positiva a imagem dos países do Terceiro Mundo", o HBF selecionou outras duas propostas ainda em fase de desenvolvimento de roteiro: "Baraye Baran", de Dariush Mehrjui (Irã), e "Dust", de Richard Pakleppa (Namíbia). O workshop de roteiros do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficas (ICAIC) também recebeu uma bolsa. A América Latina emplacou ainda quatro dos seis apoios à produção ou pós-produção do mesmo fundo. Nove títulos recentes apoiados pelo HBF serão apresentados na 26ª edição do Festival de Roterdã, que acontece entre 29 de janeiro e 9 de fevereiro. Entre as presenças brasileiras já confirmadas estão a do curador Fabiano Canosa, do Anthology Film Archives de Nova York, no júri, e a de "Tieta do Agreste", de Carlos Diegues. A colunista Erika Palomino está em férias. Texto Anterior: Pizzini filma índios guatós Próximo Texto: Teto da renúncia fiscal aumenta R$ 20 milhões Índice |
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