São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997
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Enchentes; Caso Vaccarezza; Bravata; Banespa; Provérbio; Zélia Duncan; Raça extinta; Falta de isenção; Cores; Exemplo de vida; Boas festas

Enchentes
"Trabalho com prevenção de acidentes ligados a chuvas e sei o quanto é difícil conseguir alguns segundos para o trabalho preventivo de informação e conscientização dos moradores de áreas de risco.
Contudo basta chover que a imprensa nos procura como hienas atrás de mortos. Orientar a população e evitar tragédias também não é papel da imprensa?
Nas imagens mostradas na TV, nota-se em todos os rios transbordados a ausência de vegetação nas margens.
Choveu muito? Com certeza. Mas em que medida o assoreamento dos rios não foi potencializador das enchentes?
Quem é responsável pelo cumprimento do Código Florestal que estabelece a preservação da faixa de vegetação ao longo dos rios, córregos e riachos?"
Renato Ferreira da Silva Jr. (Santos, SP)

Caso Vaccarezza
"O caso Vaccarezza traz desdobramentos que parecem mais relevantes do que a já sabida constatação de que o PT não é uma selva habitada apenas por beija-flores e rouxinóis.
Dezessete assessores por vereador é um absurdo muito mais relevante e digno de reportagens por parte da imprensa do que o caso Vaccarezza."
Claudio Mahler (São Paulo, SP)
*
"Parabéns ao brilhante jornalista Josias de Sousa. Com seu artigo 'Fábula da va(c)ca que re(z)za' (6/1) um pequeno pedaço da máscara daquele partido caiu.
Todavia falta o resto, pois se trata de um partido igualzinho aos demais, só que bem pior, pois prega religiosa, ortodoxa e radicalmente ética e honestidade, mas às escondidas e sorrateiramente vai se identificando."
Jorge Massad (São Paulo, SP)

Bravata
"Assistimos estarrecidos, no 'Jornal Nacional', a 'bravata' do artista plástico Marcelo Nitsche, que instalou em sua casa uma dessas infernais maquinetas de filmar as pessoas sem elas saberem e conseguiu flagrar sua empregadinha roubando alguns tostões.
Trata-se de uma violência muito grande, pois além de tudo a moça é uma jovem, talvez até menor de idade. Não se expõe, por tão pouco, alguém à execração pública, impedindo portanto uma reabilitação.
O artista parece esquecer que, se alguém deve alguma coisa ao outro, certamente não é essa moça, mas a sociedade que deve a ela e a tantos outros condições dignas de sobrevivência.
Não estamos aplaudindo e estimulando pequenos ou grandes furtos, sugerindo apenas formas mais humanas e discretas de lidar com a questão."
Jerusa Pires Ferreira, professora da PUC-SP, e Boris Schnaiderman, professor da USP -Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Banespa
"O editorial de 30/12 é tendencioso ou seu autor desconhece o assunto sobre o qual emitiu sua opinião. Afirmar que o Banespa é uma instituição financeira que só tem causado prejuízos à população e ao Estado chega às raias do absurdo.
Qualquer pessoa medianamente informada sabe que o Banespa chegou à situação em que se encontra justamente porque o Estado não honrou seus débitos junto ao seu banco.
Receba o Banespa o que lhe é devido e ele voltará a ser o que sempre foi: uma instituição financeira sólida, enxuta, orgulho de todos nós paulistas e símbolo da grandeza do nosso Estado que ele, Banespa, ajudou a construir."
Luiz Alexandre (Americana, SP)

Provérbio
"Fiquei estarrecida com os comentários maldosos, sem fundamento e completamente gratuitos do sr. Julio Celso B. Vargas ('Painel do Leitor', 3/1,) sobre o sr. Matinas Suzuki Jr.
Senhor Matinas, o japonês tem um provérbio que diz: 'O prego que se levanta leva marteladas'.
O comentário do sr. Júlio é a prova mais cabal de que o senhor está vencendo e erguendo a cabeça sobre os demais."
Sugae Fujita (São Paulo, SP)

Zélia Duncan
"Sobre o texto de Otavio Frias Filho a respeito de Zélia Duncan na edição de 22/12, fica claro que ele deve conhecê-la do que ouviu dizer, do que a tal amiga lhe contou, porque chamar o público que lotou quatro semanas de Rival de 'bandinho que a venera' foi difícil de engolir!
Estariam então todos aqueles felizardos que assistiram a entrega do Prêmio Sharp enganados ao elogiar tão veementemente sua emocionante apresentação? Estaria o autor duvidando da competência dos integrantes da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), que concedeu a ela o prêmio de melhor cantora de 96?
Para um caderno que parecia querer elogiar as novas cantoras, esse texto paradoxal e absolutamente confuso deu a impressão de que, sinceramente, o autor não entendeu nada!"
Alessandra Augusta (Rio de Janeiro, RJ)

Raça extinta
"Janio de Freitas: o governador de Minas e seu vice não têm nada a ver com 'mineiridade' ou 'mineirice'.
Isso não existe mais, morreu há tempos, com Milton, JK, Magalhães!"
Roberto Spini Machado (Belo Horizonte, MG)

Falta de isenção
"Chamada de primeira página: 'Menem ataca incentivo ao Nordeste'. Nas páginas internas, apenas sete parágrafos sobre o tema. E eu pensando que Menem governava outro país...
Cadê a isenção do 'jornal a serviço do Brasil'? Só se for o Brasil representado pelas forças econômicas do Centro-Sul...
Estou cancelando a assinatura desta Folha, pois não irei compactuar com aqueles que querem nosso eterno subdesenvolvimento!"
Manoel Guimarães Soares (Salvador, BA)

Cores
"Já faz tanto tempo que a Folha fez aquela divulgação do processo total de cores.
Hoje, parece que a Folha não está mais preocupada com a promessa de 100% de cores."
Thomas Hidetaka Yanagui (São Paulo, SP)

Exemplo de vida
"Parabéns à Folha pela publicação de 26/12 sobre a figura desse grande brasileiro, Barbosa Lima Sobrinho, exemplo de vida sempre direcionada à defesa dos interesses nacionais."
José Kanawate (Ponta Grossa, PR)

Boas festas
A Folha agradece e retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Cecília e Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Courrier international (Paris, França); Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (Goiânia, GO); Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade (Petrópolis, RJ); Rumo Comunicação Empresarial (São Paulo, SP); Sociedade Amigos do Deficiente Físico (Rio de Janeiro, RJ).

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