São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997 |
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Sigla forte é trunfo
CLÓVIS ROSSI
A questão é saber se o eleitor vota pela sigla PMDB ou pelo nome do candidato. Lamounier acha que é mais pela sigla: "Siglas fortes, como marcas de sabonete, ficam", afirma. Orestes Quércia, que conta ter voltado recentemente a conversar com os "companheiros", diz ter percebido "um sentimento peemedebista". E acha que "na hora em que houver um toque de reunir, não sei quando, haverá essa reunião". Pode ser, mas, se o toque de reunir for para disputar a Presidência com candidato próprio em 1998, tende a fracassar. "É evidente que, se se mantiver a aliança com o PSDB, o PMDB buscará coligação com FHC ou com outro por ele indicado em 98. Fica absolutamente ridículo ter uma aliança durante quatro anos e, na hora H, lançar um candidato fraco", diz Alberto Goldman. Reforça Aloysio Nunes Ferreira Filho: "Passando a reeleição, é natural que o PMDB venha a apoiar FHC. Não tem sentido dar-lhe a reeleição e, depois, ficar com uma espécie de coito interrompido". Resta, de novo, a quase solitária opinião do presidente nacional do partido, Paes de Andrade: "O PMDB terá candidato, passe ou não a reeleição". Quem? "Seria uma insensatez, a dois anos da eleição, colocar a discussão de nomes", diz o presidente peemedebista. Texto Anterior: Os caciques do PMDB Próximo Texto: 'Partido-ônibus' passa a ser 'arquipélago' de casos regionais Índice |
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