São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Condomínio trata seu próprio esgoto

Sem ajuda do governo, Riviera acha solução

JUNIA NOGUEIRA DE SÁ
ESPECIAL PARA A FOLHA

No município de Bertioga, um condomínio fechado resolveu seu problema de saneamento básico sem a participação do poder público. Com uma população que chega a 30 mil pessoas na alta temporada, a Riviera de São Lourenço consegue a proeza de não lançar esgotos em rios ou na praia de São Lourenço, onde está localizada.
Implantada em 1984 pela construtora Sobloco, a Riviera nasceu como uma minicidade e assim permanece até hoje. Toda a água consumida é captada no rio Itapanhaú, tratada e distribuída entre casas, apartamentos e lojas. Com isso, nunca há falta água no condomínio.
O esgoto é coletado por uma rede própria, que tem dez estações elevatórias até a estação final, fora da área residencial.
Tratado em lagoas de estabilização, por meio de processos orgânicos (em que as próprias bactérias consomem a carga nociva do esgoto), ele recebe ainda um tratamento com cloro e é depois despejado no rio Itapanhaú, abaixo do ponto em que é feita a captação de água.
Serviço funciona
Como medida preventiva, o condomínio ainda se encarrega de lançar cargas de cloro para tratar quatro canais que desembocam na praia de São Lourenço.
Periodicamente, um laboratório próprio faz análises da água consumida pelos moradores da Riviera, além de analisar a água do mar e dos canais tratados.
No total, 50 funcionários participam desse trabalho na Riviera. As tarifas cobradas pela água e pelo tratamento do esgoto são iguais às da Sabesp, segundo informações da Sociedade Amigos da Riviera de São Lourenço. A diferença é que, no condomínio, o serviço funciona.
(JNS)

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