São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Como funciona a coleta de esgotos no litoral

1. Iguape
Há coleta de esgotos apenas nas ruas do centro, atendendo 37,1% das casas. O restante das casas despeja nos rios ou em fossas sépticas seus dejetos. Nos dois pontos de coleta de água para análise, as condições são sempre boas.

2. Ilha Comprida
Tem o mesmo perfil de Iguape. Nos dois pontos de coleta de água, as condições são boas. O pequeno adensamento populacional favorece a dispersão dos dejetos.

3. Peruíbe
A rede coletora cobre apenas ruas do centro, atendendo 9,5% das residências e imóveis comerciais. O restante tem fossa séptica. Dos seis pontos de coleta de água pela Cetesb, dois são sistematicamente ruins.

4. Itanhaém
As ruas do centro e de Cibratel são atendidas por rede de esgoto, num total de 4,7% das casas e imóveis comerciais. Dos cinco pontos de coleta de água para análise, quatro apresentam poluição sistematicamente.

5. Mongaguá
Não existe rede de esgoto. A prática de ligar a fossa séptica à rede de coleta de águas pluviais é comum. O esgoto desagua diretamente na praia em diversos trechos. Dos cinco pontos de coleta de água para análise, quatro são sempre impróprios para banho de mar.

6. Praia Grande
Dois emissários submarinos, localizados em Cidade Ocian e na Praia do Forte, jogam o esgoto de 38,2% das residências e imóveis comerciais a 4.500 metros da praia. Em direção ao sul, volta a prática de ligar a fossa séptica à rede de coleta de águas pluviais, que termina na praia. Nos seis pontos de coleta de água para análise o resultado é sempre impróprio.

7. São Vicente
A rede de esgoto atende 44,9% dos imóveis, mas nos morros e favelas não existe saneamento. Tem centenas de ligações clandestinas de esgotos na rede de águas pluviais. Os quatro pontos de coleta de água pela Cetesb têm resultados ruins.

8. Santos
O emissário submarino fica a 4.500 metros da praia. A rede coleta esgotos de 91,9% das residências e imóveis comerciais. Os morros e favelas não têm saneamento, e a prática de fazer ligações clandestinas de esgotos na rede coletora de águas pluviais também é comum. Dos sete pontos analisados pela Cetesb, cinco têm resultados sistematicamente ruins.

9. Guarujá
A rede coletora de esgotos atende 42,5% das casas. O emissário submarino, que deveria lançar o esgoto 4.000 m da praia, está rompido desde 1991. Atualmente, tem vazamentos a partir dos 1.100 metros. As ligações clandestinas de esgoto na rede de águas pluviais são comuns. Dos 10 pontos de coleta de água pela Cetesb, seis são sistematicamente impróprios para banho.

10. Bertioga
Não há rede de esgoto. No condomínio Riviera de São Lourenço, a iniciativa privada implantou um centro de tratamento de dejetos exemplar. As demais praias têm fossas sépticas comuns. Dos sete pontos de coleta de água, dois são sistematicamente impróprios.

11. São Sebastião
Apenas 21,6% dos imóveis no centro têm rede de esgoto ligada a dois emissários submarinos. Em todas as outras praias, a situação é a mesma: alguns poucos condomínios têm boas soluções para o esgoto, mas a prática que prevalece é a da fossa séptica ou o despejo direto nos rios e córregos. Dos 20 pontos de análise de água, cinco são sistematicamente impróprios -e ficam próximos ao centro. Outros nove apresentam grande variação nos níveis de poluição, e ficam perto de rios e córregos.

12. Ilhabela
A rede de esgoto atende apenas 0,3% dos imóveis, e só no centro. Os demais têm fossas sépticas ou despejam os dejetos em rios e córregos. Dos cinco pontos de coleta de água, dois são sistematicamente impróprios.

13. Caraguatatuba
Coleta de esgotos apenas no centro, atingindo 11,1% dos imóveis. Fossas sépticas e despejo direto em rios fazem o resto do trabalho. Dos 13 pontos de coleta de água, seis são sistematicamente impróprios para banhos.

14. Ubatuba
Coleta de esgotos apenas no centro, beneficiando 9,2% dos imóveis. A maior parte ainda usa fossas sépticas ou despeja os esgotos diretamente em rios e canais. Dos 22 pontos de coleta, quatro são sempre ruins e dez, sempre bons.

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