São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
SP lança plano para atrair investimentos
SILVANA QUAGLIO
O plano foi batizado de "Estratégia Competitiva do Estado" e está em fase final de avaliação. Não prevê desembolsos vultosos, mas ações de articulação, de acordo com o secretário Emerson Kapaz (Ciência e Tecnologia). A formulação coube à secretaria de Ciência Tecnologia e Desenvolvimento Econômico. A meta, segundo Kapaz é conferir competitividade global ao Estado. "Na virada do século este Estado estará voando baixo", prevê Kapaz. Para o secretário, ponto a se destacar é a descentralização e a integração de entidades de classe e da sociedade na definição da política industrial do Estado. O programa se apóia em quatro pilares: duas linhas de financiamento subsidiados (juros reduzidos e prazos longos), formação de mão-de-obra qualificada, abertura de 15 Agências Regionais de Desenvolvimento e implantação de incubadoras e condomínios empresariais. O governo reservou uma quantia módica para as linhas de financiamento: R$ 50 milhões, no Orçamento deste ano. Mas, segundo Kapaz, poderá ser aumentada conforme a demanda. As Agências Regionais serão os instrumentos para descentralizar as decisões sobre investimentos. Estes organismos serão coordenados por um fórum dos secretários de Indústria e Comércio de 600 municípios. A idéia é repartir o Estado em 15 regiões para definirem suas prioridades conforme a vocação local. "É industrializar aproveitando o máximo já existente", diz Kapaz. A liberação de financiamentos a novos projetos (que podem ser também ampliação de negócios já existentes) estará atrelada à geração de empregos e ao desenvolvimento de regiões menos industrializadas do Estado. As Agências Regionais farão a triagem dos pedidos de financiamento. Parcerias O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas) está participando ativamente do projeto do governo. "Estamos atuando em parceria com o governo para promover crescimento homogêneo", afirma Silvio Goulart Rosa Jr, presidente da entidade. A criação de incubadoras empresariais com perfil tecnológico cabe ao Sebrae. Para isso, foi assinado convênio com o Estado e a entidade está buscando R$ 30 milhões junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O governo está iniciando, ainda, nas escolas técnicas (100) e nas nove Fatecs (Faculdades de Tecnologia), espalhadas pelo Estado, um programa para jovens empreendedores. É um universo de 60 mil alunos, que pode gerar a mão-de-obra necessária para as incubadoras empresariais, além de novos empresários. Texto Anterior: Rentabilidade dos bancos mantém ritmo de queda Próximo Texto: "Iniciativas são tímidas" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |