São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997 |
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Mercado de ADRs chega a US$ 345 bilhões
MILTON GAMEZ
Nas contas do Citi, os países emergentes responderam por 52% dos 252 lançamentos de ADRs no ano passado, por empresas de 48 países. Em 95, os emergentes representaram 40% dos ingressos. Os ADR, por origem do emissor, estavam assim distribuídos: 696 de empresas da região Ásia/Pacífico, 660 da Europa, 249 da América Latina e 128 da África. Os maiores emissores durante o ano passado foram o Reino Unido (com 30 ADRs) e Hong Kong (19). Em seguida vieram Brasil, México e África do Sul (14 cada), Índia (13), Rússia (11), França (10), Austrália e Alemanha (nove cada), Coréia do Sul (sete) e Itália (seis). As privatizações responderam por 23% do volume de capital novo levantado pelas empresas estrangeiras. No total, 150 companhias levantaram US$ 19,3 bilhões com ADRs. Caminho alternativo Um caminho alternativo aos ADRs (recibos de ações) foi utilizado por quatro empresas brasileiras para entrar no mercado de ações dos Estados Unidos. Ensec, TV Filme, Vitech America e Bobs lançaram ações de filiais norte-americanas na Nasdaq. Para efeitos legais, as companhias listadas são norte-americanas e, assim, não precisam converter a contabilidade da matriz para os padrões geralmente aceitos naquele país. Mas o risco é Brasil. "No Brasil, dificilmente haveria mercado para essas empresas levantarem capital com tanta facilidade", diz Robert Kinsella, diretor da Nasdaq para a América Latina. A Ensec, empresa de segurança com atuação no país e nos EUA, levantou US$ 11,4 milhões na Nasdaq, em setembro passado. A TV Filme, do grupo Abril, captou US$ 25 milhões em julho de 96. A Vitech America, empresa de computadores de Salvador (BA), trouxe US$ 20 milhões em dinheiro novo, em novembro. Texto Anterior: Poucas vão ao 'olimpo' de NY Próximo Texto: Brasileiros "caçam" dólares de investidores no exterior Índice |
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