São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Brasileiros "caçam" dólares de investidores no exterior

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A inserção do Brasil no mercado financeiro global não se limita à mera entrada de dólares nas Bolsas ou à venda direta de ações nos Estados Unidos.
Começam a surgir, aqui e ali, administradores independentes de fundos internacionais, com sotaque brasileiro.
Esses gestores movimentam milhões de dólares em fundos montados no exterior, aplicando em ações e papéis de renda fixa de vários países.
Um dos primeiros foi Ricardo Eichenwald, ex-sócio do Banco Ourinvest, que mudou-se para Miami e fundou uma empresa de fundos, no início da década.
Um caso mais recente é o de Jordi Wiegerinck, 37 anos, que largou uma bem sucedida carreira no ING Barings Bank, há dois anos, para montar sua empresa, em parceria com a advogada Maria del Pilar Serrano e com Jonathan Prior, inglês que conheceu no ING.
Wiegerinck "operava" títulos da dívida externa brasileira no ING. "Cheguei a comandar operações de US$ 1 bilhão em um único dia." Hoje, cuida de US$ 20 milhões que estão em seu fundo, o OptiRisk Investment.
O fundo, montado em Nassau, tem sete classes ativas de risco, conforme a composição das carteiras. As mais arriscadas, que fazem operações "alavancadas", elevam para US$ 250 milhões o volume de ativos do fundo nos mercados de derivativos.
Outros abrigam papéis de baixo risco, com ativos ligados ao comércio exterior ou ações de empresas de países emergentes -da América Latina ao leste Europeu, da Rússia ao Irã.
(MG)

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