São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Jogador e ex-deputado foram 'alvo' de acusações

MAÉRCIO SANTAMARIA
DA REPORTAGEM LOCAL

As separações entre Mônica Santoro e o jogador Romário e entre Marinalva Soares da Silva e o ex-deputado Manoel Moreira são exemplos de processos que, pelo teor das denúncias das ex-mulheres, chegaram à Receita.
Mônica Santoro, 25, afirma que as denúncias sobre as formas usadas por Romário para esconder seus rendimentos não foram vingança de ex-mulher. "Se fosse o caso, nós, mulheres, teríamos outras formas de nos vingar", diz. Para ela, se "há falcatruas, a Receita tem mais que investigar".
Entre as denúncias de Mônica, está a que o jogador não pagava Imposto de Renda sobre todos os seus rendimentos e que adquiria bens -dos quais a ex-mulher teria direito- em nome de uma empresa, a RSF, fundada por Romário em nome do seu pai.
O jogador nega as acusações da ex-mulher e diz que denúncias são normais "em todo litígio". Romário diz que sempre pagou seus impostos. O processo está sendo investigado pela Polícia Federal.
Já a denúncia de Marinalva veio à tona durante o julgamento dos "anões" do Orçamento, no final de 1993. "Ela fez tudo por vingança. Queria me prejudicar", diz o ex-deputado que hoje estuda direito em Campinas.
Segundo Moreira, o tempo vai mostrar que as denúncias não eram verdadeiras. "Gostaria de ter um décimo do que dizem que tenho", afirma.
Marinalva dizia que o ex-marido estava abrindo uma empresa no paraíso fiscal das Ilhas Cayman, no Caribe, para "lavar" dinheiro recebido ilicitamente.
Outra acusação é de que o ex-deputado teria 13 bens, entre casas e empresas, e não os três revelados ao Fisco na ocasião.

Colaborou MAÉRCIO SANTAMARIA, da Folha Campinas

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