São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997
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Rio tem em 97 o seu Estadual mais fraco

CRISTINA RIGITANO
DA SUCURSAL DO RIO

O Campeonato Estadual do Rio de 97 promete ser o mais fraco da história: três dos quatro times grandes -Flamengo, Fluminense e Botafogo- boicotam o torneio. O Vasco é o único que participará.
A Ferj (a federação de futebol do Rio) ainda não decidiu se colocará outros clubes no lugar dos dissidentes, que não vão a campo hoje.
"Os clubes vão ter prejuízo. Não acredito que vão levar isso adiante. Existem pessoas inteligentes no Botafogo e no Fluminense. Os presidentes desses clubes são novos (José Luiz Rolim e Álvaro Barcellos, respectivamente) e estão sendo envolvidos por pessoas experientes", disse Paulo Reis, dirigente do Vasco, referindo-se a Kleber Leite, presidente do Flamengo.
Eurico Miranda, vice-presidente de futebol do Vasco, foi além: "O Vasco joga. Se os outros times não entrarem em campo, também não vão jogar o torneio Rio-São Paulo, nem torneio nenhum. Não poderão jogar nem amistosos. Existe um ato da CBF que proíbe".
Inscritos no torneio Rio-São Paulo, os três clubes pretendiam disputar a primeira fase do Estadual com os jogadores reservas.
Mas, como não conseguiram mudar as regras da competição -que estabelece que a primeira fase, a Taça Guanabara, vale uma vaga para a final-, anunciaram o desligamento da competição.
Eles alegam que seria desrespeitoso com a torcida jogar com reservas e que teriam prejuízo se participassem do Estadual.
O artigo 54 do Estatuto da CBF diz que o clube que não participar do Estadual está rebaixado à divisão inferior e impedido de participar de torneios promovidas pela CBF, jogos oficiais e amistosos.
"Não estamos preocupados com o aspecto legal. É uma atitude rebelde", disse o presidente do Botafogo, José Luiz Rolim.

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