São Paulo, domingo, 12 de janeiro de 1997 |
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Mulheres expandem negócios nos EUA
CLÁUDIA TREVISAN
Entre 1987 e 1996, cresceu em 78% o número mulheres que são donas de empresas nos Estados Unidos. O percentual representa quase o dobro do índice de 47% de expansão dos negócios em geral no mesmo período. Atualmente, há 7,95 milhões de negócios dirigidos por mulheres no país, de acordo com dados da Fundação Nacional para Mulheres Proprietárias de Negócios e do censo norte-americano. Em 1992, o número de empresárias era de 6,41 milhões e, em 1987, de 4,48 milhões. A fundação calcula que as empresas "femininas" empregam 26% dos norte-americanos que trabalham. Isso representa 18,5 milhões de pessoas. Flexibilidade A diretora executiva da fundação, Sharon Hadary, atribui essa expansão ao desejo das mulheres de ter maior controle sobre suas vidas. Teoricamente, a posição de empresária dá à mulher maior flexibilidade para conciliar a vida familiar e o trabalho. As empresas "femininas" não só crescem em maior proporção que as "masculinas". Elas também se mantêm por maior tempo. Três quartos dos negócios dirigidos por mulheres em 1991 ainda existiam três anos mais tarde. Essa relação cai para dois terços quando são analisadas todas as empresas dos Estados Unidos. Tradição Os dados da Fundação Nacional para Mulheres Proprietárias de Negócios mostram ainda que 96% das empresas dirigidas por mulheres fazem uso de computadores. Outro dado interessante é que a expansão dos últimos nove anos ocorreu principalmente em setores que nem sempre são identificados com o universo feminino. O recorde foi do setor de construção, onde houve aumento de 171% na presença de mulheres. Em seguida aparecem vendas em atacado (157%), transporte e comunicação (140%), agricultura (130%) e indústria (112%). Mas a maior presença de mulheres continua a ser no setor de serviços: 19% atuam em vendas a varejo e 10% nas áreas financeira, de seguros e imobiliária. Esse número é três vezes maior que os lucros registrados pelas empresas dirigidas por mulheres durante o ano de 1987. O levantamento também mostra que 13% das empresas "femininas" realizam negócios internacionais, cifra que é semelhante à das empresas em geral. Salários Como empregadas, as mulheres continuam em posição de desvantagem em relação aos homens, de acordo com o último levantamento por amostragem feito pelo censo norte-americano. Dados de março de 1995 mostram que, entre os trabalhadores de período integral, as mulheres recebem rendimento médio anual de US$ 22.497. O valor é US$ 8.999 inferior ao rendimento médio anual dos homens, de US$ 31.496. Texto Anterior: Governo diz reconhecer vitória da oposição Próximo Texto: Empresas femininas Índice |
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