São Paulo, segunda-feira, 13 de janeiro de 1997
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Maluf não fala sobre o PMDB

DA REPORTAGEM LOCAL

Paulo Maluf não quis comentar, ontem à noite, a moção aprovada na Convenção Nacional do PMDB que poderá dificultar a votação da emenda da reeleição.
O ex-prefeito de São Paulo disse não ser assunto de seu partido, o PPB, e que, em sua opinião, a emenda que instituiria a reeleição está "inviabilizada".
Afirmou que a inviabilização foi demonstrada, sexta-feira, com o levantamento da Folha sobre a posição de cada deputado federal.
Maluf reiterou que a tese da reeleição deve ser discutida no quadro de propostas para uma reforma política mais ampla.
Voltou a defender a fidelidade partidária, para que os partidos se posicionem sobre determinado assunto como um bloco, e com isso se impeça que o governo abra um "balcão de negócios".
Maluf criticou o ministro Francisco Dornelles (Indústria e Comércio), que pertence ao PPB e é favorável à reeleição do atual presidente. Disse que ele é responsável pelo déficit comercial de US$ 1,5 bilhão, em dezembro, e que a cifra é "digno do Guiness".
O ex-prefeito, que se submeteu a uma operação para extração da próstata, foi autorizado pelos seus médicos a retomar suas atividades.
Ontem, almoçou na casa de sua sogra e no sábado à noite jantou com a família de seu sucessor na prefeitura, Celso Pitta.
Ele retirou os pontos da cirurgia na tarde de sábado. Foi visitado por dois deputados, e, entre anteontem e ontem, permaneceu algumas horas ao telefone, em contatos que tinham como o único objetivo dificultar a aprovação da emenda da reeleição.

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