São Paulo, segunda-feira, 13 de janeiro de 1997
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FHC insiste em votar emenda esta semana

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O resultado da convenção do PMDB não mudou os planos do governo de começar a votar a emenda da reeleição nesta semana.
O primeiro teste de votos da emenda está marcado para terça-feira na comissão especial da Câmara, presidida pelo peemedebista Odacir Klein (RS). O PMDB tem seis votos na comissão e o governo depende de todos eles para que a emenda chegue ao plenário com um mínimo de folga.
Antes mesmo de os convencionais deixarem o plenário do Congresso, o comando político do governo já considerava superado o movimento pelo adiamento da reeleição.
Com base em informações transmitidas por peemedebistas engajados no projeto de reeleição, a análise feita pelos governistas foi que a derrota na convenção não teria efeito prático.
O resultado, que o governo tentou evitar, só não foi mais desastroso para os planos do governo porque um acerto prévio no PMDB garantia que a convenção faria apenas uma recomendação -que os parlamentares seguiriam se quisessem.
Avaliação
FHC recebeu do ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) uma primeira avaliação de que o calendário da votação não precisaria ser alterado. Os dois conversaram pessoalmente pouco depois do meio-dia.
Luiz Carlos Santos participou do esforço do Planalto para evitar qualquer manifestação contrária à reeleição ou que defendesse o adiamento da votação. "Não acho nem deixo de achar, vou avaliar", afirmou no início da noite.
O primeiro turno de votação da reeleição no plenário da Câmara está previsto para o dia 22 e até lá o governo vai conferir cada um dos votos no PMDB.
Acordão
O comando político do governo passou o dia trocando informações sobre a convenção do PMDB -partido considerado fundamental para levar adiante a chance o projeto de reeleição de FHC.
Para atenuar a pressão pelo adiamento da reeleição, os principais aliados governistas reiteraram que estava de pé o acordo para eleger o deputado Michel Temer (PMDB-SP) presidente da Câmara em fevereiro, com o apoio das cúpulas do PFL e do PSDB.
O acordo defendido pelo Planalto prevê a eleição de um pefelista para a presidência do Senado, disputada pelos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Iris Rezende (PMDB-GO).

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