São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997
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CEF reduz juros para quem fizer quitação antecipada

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A linha de financiamento que a CEF (Caixa Econômica Federal) vai oferecer para a quitação antecipada dos contratos habitacionais deverá ter prestação fixa.
A idéia é oferecer segurança ao mutuário que optar por pagar o saldo devedor do contrato antes do vencimento do financiamento do imóvel.
O presidente da CEF, Sérgio Cutolo, disse que a proposta está em estudo e deverá ser anunciada depois do Carnaval.
O prazo para o pagamento desse empréstimo deverá permanecer em dois anos, mas os juros serão reduzidos. Ele disse que ainda não está fechado o índice.
No segundo semestre do ano passado, a CEF criou uma linha de crédito disponível aos mutuários que quisessem quitar seus contratos. Agora, a CEF vai reduzir os juros e estabelecer prestações fixas para atrair maior número de mutuários.
"Queremos oferecer um financiamento com condições extremamente vantajosas."
Com esse novo incentivo, Cutolo disse que pretende alcançar 142 mil contratos do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) que pagam prestações abaixo do custo de cobrança.
Todos eles foram financiados pelo FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e têm cobertura do FCVS (Fundo de Compensação das Variações Salariais).
Isso significa que, quando acabar o prazo do contrato, o saldo devedor remanescente será pago pelo Tesouro Nacional -que é o garantidor do FCVS.
Segundo Cutolo, existem cerca de mil contratos com prestação média de R$ 9,21. A CEF gasta R$ 18 por mês para administrar os contratos e confeccionar os carnês de cobrança.
"Essas prestações não cobrem os recursos da CEF nem do FGTS", afirmou.
Hipoteca
Além da linha de crédito, a CEF também está estudando a liberação antecipada da hipoteca para os mutuários que aderirem à quitação antecipada.
Nesse caso, o imóvel poderá ser reformado, vendido ou alugado pelo proprietário.
Outra alternativa é a extensão do seguro do imóvel. É que o seguro só é válido durante o prazo de financiamento.
Cutolo disse que estuda a possibilidade de conceder algum tipo de seguro para que o mutuário não seja prejudicado pelo pagamento antecipado do saldo devedor.
No semestre passado, a CEF conseguiu a adesão de cerca de 40 mil mutuários nesse programa. Foi oferecido desconto de 30% a 90% do saldo devedor.

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