São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 1997
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Despachantes pedem medidas

FAUSTO SIQUEIRA; CLÁUDIA PIRES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS E DA

Reportagem Local
O presidente da Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros, Roberto Bacil, encaminhou ontem ao secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, um pedido de adoção de medidas para agilizar a liberação de mercadorias importadas nas alfândegas do país.
Bacil disse ontem que há de 15 mil a 20 mil declarações de importação paradas em todo o país devido à dificuldade dos despachantes para concluir as operações. Ele afirmou que, em reunião ontem em Brasília, iria reivindicar ao secretário a adoção de duas medidas.
Uma é a permissão para que as taxas de importação possam ser pagas sem multa após o registro da declaração. A outra é para que as declarações pudessem ser feitas sem a licença durante 30 dias.
Os pátios de armazenamento na margem direita do porto de Santos estão lotados, segundo a Codesp (estatal administradora do porto).
A capacidade dos pátios é de 8.000 unidades de armazenamento de 20 pés. Ontem, tinha 8.183, das quais 90% decorrentes de importação, informou a empresa.
O presidente da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários Alfandegados, Ronaldo Souza Forte, disse que há um acúmulo "pouco acima do normal", mas a tendência é de normalização.
São Paulo
O movimento nos postos de atendimento da Receita Federal para tirar dúvidas ou receber senhas do novo programa já está diminuindo na capital.
O despachante aduaneiro Luis Carlos Bastos esteve ontem no posto da rua Florenço de Abreu (centro) para receber a senha. "O atendimento está mais rápido. O problema ainda é com o próprio programa, que é demorado."
Bastos presta serviços para empresas como a Pirelli, que também estaria com dificuldades de retirar produtos da alfândega.
Segundo Luiz Fernando Antônio, diretor de relações governamentais e operações internacionais da FIC (divisão de componentes automotivos da Ford), a empresa estava preparada para o novo programa, mas não escapou dos problemas. "Fizeram alterações às vésperas da implantação." Segundo ele, porém, a situação está se normalizando.
Os problemas com o Siscomex também deixaram presas na alfândega 40 obras de artistas franceses e africanos que fariam parte da exposição "A Rota da Arte sobre a Rota dos Escravos". A exposição, que deveria ter começado na última terça-feira, foi adiada por tempo indeterminado.
(FAUSTO SIQUEIRA E CLÁUDIA PIRES)

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