São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 1997
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Faria Lima pode ganhar viaduto

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura pretende construir um viaduto na nova avenida Faria Lima para eliminar o cruzamento com a Juscelino Kubitschek, na zona sul de São Paulo.
A obra foi um dos muitos projetos viários apresentados como sugestão pelos diretores da Promom Engenharia ao prefeito Celso Pitta, em reunião realizada ontem. A obra já havia sido indicada no ano passado pelo arquiteto Júlio Neves ao então prefeito Paulo Maluf.
Maluf não aceitou a idéia. Disse que a obra deixaria feia a avenida Faria Lima e que preferia construir uma passagem subterrânea.
O secretário de Vias Públicas, Reynaldo de Barros, afirma que o viaduto é necessário e que vai consolidar o projeto para apresentar novamente ao prefeito Celso Pitta.
Barros entende que a obra pode ser feita em seis meses, custando cerca de R$ 8 milhões.
Outros viadutos, segundo ele, poderiam ser feitos futuramente por sobre as avenidas Rebouças e Cidade Jardim, eliminando todos os cruzamentos da nova avenida Faria Lima.
Pitta disse que o viaduto por sobre a avenida Juscelino Kubitschek é importante pelo aspecto da engenharia de tráfego.
Ele diz, porém, que precisa avaliar se o viaduto é mesmo prioritário em comparação com outras demandas viárias da cidade.
Um outro projeto que agradou ao prefeito Celso Pitta é a revalorização da região do Pari, no centro. Isso seria conseguido mudando o zoneamento do local, permitindo a construção de grandes prédios residenciais e de escritórios.
Pitta disse que recebeu também sugestões para o centro do empresário Antonio Ermírio de Moraes, que esteve na manhã de ontem na prefeitura. Anteontem, ele ouviu as idéias do arquiteto Júlio Neves.
Segundo Pitta, todas as sugestões vão ser analisadas cuidadosamente. Depois, será feita uma reunião de coordenação com os secretários de governo para definir quais projetos serão executados em 1997.
Ele adiantou, porém, que os prolongamentos das avenidas Água Espraiada, na zona sul, e Jacu-Pêssego, na leste, estão garantidos.
Anhangabaú
Os diretores da Promom Engenharia sugeriram também um projeto para o vale do Anhangabaú, no centro.
A avenida 23 de Maio passaria a ser subterrânea desde o viaduto Dona Paulina até a estação da Luz. Dessa forma, a área verde do Anhangabaú seria ampliada.
Reynaldo de Barros disse que considerou o projeto bonito, mas que não deve ser feito agora. O custo, que ele calcula em R$ 600 milhões, seria muito alto. "Mesmo porque o vale foi reformado há pouco tempo. Não há cidadão que aguente outra obra no local."

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