São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 1997 |
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Argentina quer liberação de caminhões
RODRIGO BERTOLOTTO
"Estamos negociando para que não haja prejuízo para as empresas argentinas. O principal problema são os produtos perecíveis, porque pode haver perda total", disse Marcelo Avogadro, subsecretário da Chancelaria argentina. "Os não-perecíveis também são prejudicados pelos dias parados e o consequente aumento do frete", completa Avogadro. A Chancelaria está instruindo as empresas para que peçam um termo de garantia para a Receita Federal. Essa permissão isentaria os caminhões do preenchimento dos cadastros do Siscomex, acelerando assim a entrada das exportações argentinas. "Queremos que os responsáveis da Receita concedam essa garantia sem impor burocracias", afirma Avogadro. Por outro lado, a Chancelaria já colocou os cônsules argentino em Foz de Iguaçu (PR) e em Uruguaiana (RS) em contato direto com as autoridades alfandegárias. "O quadro ficou preocupante na segunda-feira, mas tenho informações que já apresentou melhoras hoje (ontem)", disse o subsecretário Avogadro. A Argentina também sugeriu ao Brasil que se crie duas filas de caminhões na fronteira, os com produtos perecíveis e os com não-perecíveis. "Nós não criticamos o novo sistema. Só queremos colaborar nesse período de implantação", afirma Avogadro. O local que apresentou mais problemas foi a passagem entre Paso de los Libres e Uruguaiana, que escoa 70% do comércio entre os dois países. A presidente Câmara de Comércio de Paso de los Libres, Osvaldo Percuocco, chegou a afirmar que a ação de barrar os caminhões argentinos era premeditada. "Há pressão de poderosos grupos brasileiros para que se brequem pelo maior tempo possível as exportações argentinos", disse Percuocco. Texto Anterior: Fiesp esclarece dúvidas Próximo Texto: Sistema agiliza operações no porto do Rio Índice |
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