São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 1997
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Sistema agiliza operações no porto do Rio

WILSON TOSTA
DA SUCURSAL DO RIO

Inferno dos importadores e despachantes aduaneiros, o Siscomex (sistema informatizado de desembaraço de mercadorias, implantado na importação em 2 de janeiro) está ajudando a agilizar a operação do porto do Rio de Janeiro, devido à redução no número de cargas vistoriadas.
Segundo o engenheiro Adácio de Carvalho, antes do Siscomex, de cada cem cargas que chegavam ao Tecon (Terminal de Contêineres) da CDRJ (Companhia Docas do Rio de Janeiro), cerca de 30 eram vistoriados pelos fiscais.
Após o início do novo sistema, no máximo seis passam por fiscalização.
Mais fiscalização
"Para nós, melhorou, e muito", disse Carvalho. Ele afirmou prever que o percentual de cargas fiscalizadas vai aumentar.
O novo sistema opera com sinais verde (carga liberada), laranja (passível de fiscalização aduaneira) e vermelha (obrigatoriamente fiscalizada). Segundo Carvalho, só 15% das cargas, em média, não têm recebido luz verde.
Empresários reclamam de problemas nos programas de computador e nas linhas telefônicas, que impossibilitam a entrada efetiva das mercadorias no mercado brasileiro.
Mas, para o diretor de Operações da CDRJ, Antônio Machado, o trabalho no porto do Rio ficou ainda mais fácil depois da mudança.
"Não estamos tendo nenhum tipo de problema", disse ele ontem à Folha, mostrando o pátio no Tecon (Terminal de Contêineres), com muitas "vagas" destinadas a contêineres vazias.
"Não há atraso no cronograma de descarga dos navios", disse.
Segundo Machado, o movimento de carga no porto do Rio, em janeiro de 1997, está perfeitamente compatível com a mesma época do ano.
Em janeiro de 1996, chegaram 5.297 contêineres no local; até o dia 15 deste mês, foram descarregados 3.080.
"Se há problemas, não são conosco", afirmou Machado.
Setenta por cento da carga geral que chega ao porto carioca atualmente vem em contêineres. Mas, na carga tradicional, também não há problemas ligados ao Siscomex, segundo o diretor da CDRJ.
O diretor de Operações da estatal previu que o serviço vai ficar ainda mais ágil quando a empresa estiver totalmente conectada aos computadores da Receita Federal.
"Acho que, em mais ou menos um mês, estaremos ligados", previu Machado.

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