São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 1997 |
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Venda ultrapassa 2 milhões de unidades
SÉRGIO LÍRIO
Foram comercializadas 2.009.392 unidades, incluindo caminhões, máquinas agrícolas, ônibus e motos. O crescimento foi de 6,13% em relação a 95. A venda de automóveis cresceu menos -1,82% na comparação com o ano anterior. Em 96, as concessionárias negociaram 1,4 milhão de unidades, contra 1,375 milhão em 95. A comercialização de motocicletas teve o melhor desempenho do ano passado. A expansão das vendas foi de 42,40% na comparação com 95. Saltou de 189 mil para 269 mil unidades. Os comerciais leves (vans e picapes) também venderam mais que a média total. O número de 268,9 mil unidades é 13,86% maior que o de 95. A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) prevê um crescimento de 8% nas vendas em 97, o que significa a comercialização de cerca de 2,2 milhões de veículos. A estimativa é baseada em um possível crescimento de 5% no PIB (Produto Interno Bruto, soma dos produtos e serviços do país). O crescimento será alavancado pelos bens de investimento -caminhões, ônibus e máquinas agrícolas- e motocicletas, acredita Sérgio Reze, presidente da Fenabrave. Reversão A expansão do mercado de bens de investimentos em 97, se confirmada, irá reverter tendência do ano passado. Em 96, as vendas de máquinas agrícolas despencaram de 19,1 mil para 11,1 mil unidades. As concessionárias também venderam menos caminhões -queda de 57 mil para 43,6 mil unidades- e ônibus -redução de 16,6 mil para 16 mil. Reze afirma que o mercado de veículos está entrando em uma fase de racionalidade. Segundo ele, a oferta variada, a liberdade de escolha e a estabilidade fazem com que o consumidor tenha mais paciência para comprar. Dezembro No geral, as vendas em dezembro caíram 3,08% em relação a novembro, mas cresceram 16,84% na comparação com dezembro de 95. Foram vendidos 180.253 veículos. Rentabilidade Segundo Reze, os prejuízos das concessionárias diminuíram em 96, apesar de ainda não possuir dados numéricos que comprovem isso. Em 95, o prejuízo chegou a R$ 800 milhões. Com a concorrência e consequente aumento das promoções, muitas concessionárias fecharam o ano com prejuízo. Mesmo assim, ele aposta que cerca de mil concessionárias devem surgir até o ano 2000, por causa da instalação de novas fábricas de veículos no país. Hoje existem 6.000 revendas no Brasil. "A tendência é que aumente o número total de concessionárias, mas a quantidade de revendas por marca deve diminuir", previu. A redução de revendas por marca, afirma, aumentaria a rentabilidade das que sobrevivessem. Texto Anterior: Atraso na reeleição cria 'vácuo' na Bolsa Próximo Texto: Fabricantes intensificam terceirização Índice |
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