São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 1997
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Juíza da Bahia condena líder de banda por apologia às drogas

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A juíza da 1ª Vara Privativa de Tóxicos da Bahia, Daisy Lago Ribeiro Coelho, condenou a três anos de prisão em regime fechado o líder da banda Morrão Fumegante, Sineval Calmon Santos, 29. A juíza condenou o músico a pagar uma multa de 60 salários mínimos.
O processo contra o músico começou em maio do ano passado, depois que a banda apresentou-se em um hotel do Pelourinho (centro histórico). Segundo testemunhas, havia no público adolescentes que usavam camisas contendo desenhos de folhas de maconha.
Policiais constataram que muitos adolescentes fumavam a droga no show. O delegado de Tóxicos e Entorpecentes de Salvador, Itamir Casal, abriu inquérito e denunciou o músico à Justiça.
Segundo o delegado, o nome da banda é um incentivo ao consumo da maconha. Na gíria dos usuários, morrão significa maconha.
Bíblia
Em seu depoimento à Justiça, Sineval Calmon disse que se inspirou na Bíblia para colocar o nome na banda.
"Durante os shows falo muito em Jesus e deixo claro que morrão significa tocha."
O advogado da banda, Gileno Félix, recorreu ontem da sentença da juíza. Segundo funcionários do escritório da banda, Sineval Calmon Santos estava ontem em Santo Amaro (a 70 km de Salvador) aguardando a decisão da Justiça.

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