São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 1997 |
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Coppola faz o moderno
MARCELO REZENDE
Temos Gene Hackman na pele de um mestre em escutas feitas para investigações. Uma espécie de artista do som e da espionagem, sua vida termina em desespero e loucura depois que registra um assassinato. O tema é rapidamente jogado aos olhos do espectador. A verdade é sempre anunciada, mas em momento algum se apresenta ou se revela em sua essência. Coppola então pergunta, como todos já fizeram um dia, qual a diferença entre o fato e a invenção. Ele vasculha a zona intermediária entre esses dois conceitos e retorna não com uma solução, mas com a idéia de que devemos aceitar a noção de que uma verdade não se prova. Apenas se admite. Como escreveu o crítico francês Jean Tulard, a "A Conversação" é um filme moderno, por demais moderno. (MR) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Na grande liquidação, é pegar ou largar Índice |
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