São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

'É um problema da polícia'

DA SUCURSAL DO RIO

O gerente-geral de imprensa da Companhia Vale do Rio Doce, José Silveira, disse que a ameaça do Movimento dos Sem-Terra de invadir instalações da empresa "é um problema das autoridades policiais e judiciais".
Após dizer que lamenta que o MST "esteja se voltando para esse tipo de operação", Silveira acrescentou que a Vale tem sua segurança patrimonial. Segundo ele, se a empresa "perceber uma ameaça concreta, vai tomar suas precauções".
Essas precauções, segundo ele, seriam tomadas "junto às autoridades competentes".
Privatização
A ameaça dos sem-terra ocorre no momento em que é rediscutido o cronograma de privatização da empresa, que previa a venda da estatal no primeiro trimestre deste ano.
Os técnicos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que trabalham com a privatização da Vale já admitem a hipótese de a empresa ser vendida até o final do primeiro semestre deste ano, e não mais em março, como está previsto.
O que eles ainda não admitem é que o retardamento do processo venha a se dar em decorrência de necessidade de reavaliação do valor da empresa por conta da descoberta de novas jazidas de ouro e cobre. O BNDES é o gestor do programa de privatização do governo.
A razão seria a necessidade de tempo para que os interessados na compra da empresa possam examinar detalhadamente os documentos contidos na sala de informações sobre a empresa instalada no BNDES e cumprirem seus programas de visitas a instalações da Vale.

Texto Anterior: MST anuncia invasão a escritórios da Vale
Próximo Texto: Justiça determina saída de invasores
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.