São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 1997 |
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MA e SE lideram incidência de Aids
DANIELA FALCÃO
Segundo boletim epidemiológico divulgado ontem, a incidência de Aids em Sergipe chega a 23,3 casos em cada 100 mil habitantes. Na Bahia, a incidência é de 17,3 casos por 100 mil habitantes. Em números absolutos, Pernambuco lidera com 1.973 casos. Em seguida, vêm Bahia (1.902), Ceará (1.184) e Maranhão (725). Até 1990, Pernambuco e Bahia também eram os Estados com maior incidência de Aids por 100 mil habitantes. Em seguida, o Ceará passou a liderar as estatísticas. Os dados mais recentes mostram que Sergipe e Maranhão ultrapassaram o Ceará no fim de 96. Segundo Pedro Chequer, coordenador do Programa Nacional de DST/Aids, um dos motivos da "explosão" da doença nesses dois Estados é a notificação tardia. Ou seja: o número de casos de Aids no Maranhão e em Sergipe vinha sendo subestimado porque as notificações estavam chegando com atraso. O Nordeste também apresentou mudança na proporção de homens e mulheres contaminados. Até 86, havia sido registrado apenas um caso de Aids em mulheres na região. Entre 87 e 88, a proporção caiu para 14 homens infectados para cada mulher. Em 96, caiu ainda mais, chegando a 4 homens com Aids para cada mulher. Segundo Chequer, o que mais chama atenção no grupo de mulheres nordestinas infectadas é a crescente transmissão por meio de relação sexual heterossexual. Norte Na região Norte, o Pará é o Estado com maior número de casos conhecidos de Aids, com 1.390 doentes (55,8% das notificações). O Amazonas vem em segundo lugar com 23,9% dos casos, seguido por Rondônia (6,3%). Se em números absolutos Pará e Amazonas lideram as estatísticas, tomando-se o total de casos registrados por grupos de 100 mil habitantes quem passa à liderança é Roraima, seguida pelo Amapá. Os homens também são maioria entre os doentes de Aids na região, representando 83,7% dos casos. Acre e Roraima são os Estados em que a proporção de homens infectados em relação às mulheres é mais desigual. Texto Anterior: Hospitais vão ouvir famílias Próximo Texto: Unicamp não mudará conduta Índice |
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