São Paulo, sábado, 18 de janeiro de 1997
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Bovespa sobe 2% e negocia R$ 600 mi

DA REPORTAGEM LOCAL; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de São Paulo não quer saber de pessimismo. Subiu ontem mais de 2% com um volume de negócios de quase R$ 600 milhões.
O desempenho da Bolsa neste início de ano, ignorando as notícias sobre a valorização do câmbio e o ritmo exagerado da economia, deixa alguns operadores em dúvidas sobre o que vem pela frente.
Principalmente quando se considera que desde o início do ano o Ibovespa acumula alta de quase 11%, o que, para a maioria dos operadores ouvidos pela Folha, parece um ritmo impossível de ser mantido por muito tempo.
O principal combustível do mercado tem sido, nas últimas semanas, as negociações em torno da emenda da reeleição, atualmente em discussão no Congresso.
E a privatização das estatais, especialmente das empresas do setor de telecomunicação e as empresas do setor de energia. Além disso, o cenário externo é favorável.
As Bolsas no mundo
O otimismo que ronda as principais Bolsas de Valores do mundo tem resultado em sucessivos recordes desde o início do ano.
A principal explicação para a euforia dos mercados é a enorme quantidade de capitais, que, com a queda das principais taxas de juros, buscam ativos de risco.
Sem dúvida, a tendência de alta do mercado de Nova York, que já bateu oito recordes em 97, tem arrastado os outros mercados, especialmente os europeus.
Ontem os mercados de Londres, Paris, Milão, Madrid e Bruxelas registraram recordes de alta aliados a altos volumes de negócio.
A Bolsa de Londres, por exemplo, encerrou a semana com uma alta de 3,7%, superando pela primeira vez o índice de 4.200 pontos. Em Paris, a alta na semana foi de 4,25% e em Milão, de 2%.
A Bolsa de Tóquio continua na contramão do mercado, ainda que tenha encerrado a semana com uma valorização de 4,5%. O fato é que na semana anterior o mercado japonês havia caído 10%.
Câmbio
Contrariando os mais otimistas, o mercado de câmbio ficou agitado ontem, especialmente no caso dos negócios realizados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
As cotações para entrega em julho, que começam a ganhar liquidez, subiram 0,2% no dia.

Com agências internacionais

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