São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997 |
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Adesão é maior na zona leste
OTÁVIO CABRAL; FABIO SCHIVARTCHE
Às 6h, dos 9.402 ônibus que deveriam estar em circulação, apenas 318 estavam rodando (3,4%), uma adesão de 96,6% da categoria. Uma hora depois, o percentual pulou para 5,4% e chegou a 10,3% às 11h -976 dos 9.512 ônibus previstos estavam circulando. Durante toda a manhã de ontem, a adesão dos motoristas de ônibus à greve foi praticamente de 100% na zona leste. Segundo a SPTrans, os motoristas da região foram os que mais aderiram à paralisação. Nos principais corredores da região, como avenidas Radial Leste, Aricanduva, Sapopemba e Luís Inácio de Anhaia Melo, a reportagem da Folha não encontrou um único ônibus circulando entre 5h e 10h de ontem. Os terminais de ônibus da região também estavam vazios pela manhã. Apenas o terminal intermunicipal de São Mateus, que tem linhas para a região do ABCD, funcionava normalmente. Em nenhum momento da manhã de ontem havia mais de 1.200 pessoas usando ônibus na zona leste, segundo a SPTrans. Normalmente, cerca de 2 milhões utilizam o sistema diariamente. A zona oeste era a que registrava o maior número de fura-greves, com 588 dos 2.045 carros previstos rodando às 11h. À tarde e à noite, a tendência de queda na adesão à greve se manteve. Às 16h, o número de ônibus circulando subiu para 1.410 (14,2 da frota prevista, 9.957). Piquete Mesmo sem piquete, três empresas de ônibus da zona leste preferiram não colocar seus carros na rua. Na empresa Tabu, em Itaquera, apenas dois seguranças vigiavam a garagem contra qualquer tentativa de piquete. Pela manhã, apenas alguns grevistas apareceram na porta da empresa e não precisaram de muito esforço para convencer os colegas aderir à greve. Nas garagens das empresas Tiradentes e Penha-São Miguel, nenhum tipo de tumulto foi verificado pela manhã. (OC e FS) Texto Anterior: Peruas amenizam efeito da paralisação Próximo Texto: Perueiros cobravam até R$ 5,00 Índice |
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