São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997 |
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Perueiros cobravam até R$ 5,00
OTÁVIO CABRAL; FABIO SCHIVARTCHE
A maior parte dos lotações da zona leste fazia trajetos curtos, ligando os bairros a estações de metrô e trem, cobrando em média R$ 1,00. As poucas peruas que faziam linhas maiores, ligando a zona leste ao centro, cobravam valores bem maiores, que chegavam a R$ 3,00. Cobrando R$ 1,00 para uma corrida entre a Cohab 2 e a estação Itaquera do metrô, o perueiro Marcelo Alexandre da Silva, 23, esperava faturar R$ 800 até o final da noite. "Escolhi fazer essa linha mais curta, pois dá para cobrar um preço baixo e voltar em meia hora ao ponto inicial", afirmou Silva. Já o comerciante Vladimir Cardoso, 36, fechou ontem sua quitanda, na Penha (zona leste), para usar sua Besta como lotação. Ligando a Penha ao parque Dom Pedro (centro), por R$ 3,00, ele esperava arrecadar R$ 600, "o triplo do que ganharia na quitanda". O motorista de ônibus clandestino Getúlio Grisaberti, 21, que transportava passageiros do largo 13 de Maio à praça das Bandeiras (centro), cobrava R$1,50. "Só estou trabalhando hoje para ajudar o povo", disse. (OC e FS) Texto Anterior: Adesão é maior na zona leste Próximo Texto: Brasil tem 16 milhões de analfabetos Índice |
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