São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997 |
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Megaloja Tower Records chega ao Brasil
RODRIGO BERTOLOTTO
O primeiro local é uma galeria reformada no centro de Buenos Aires. E o próximo passo será São Paulo, para depois se expandir para Rio e Santiago do Chile. O último estágio seria inaugurar lojas em cidades do interior da Argentina (Córdoba, Rosario e Mendoza) e outras capitais no Brasil. Isso é o planejado pelos empresários argentinos Eduardo Costantini e Pablo Zetoné, que detêm a representação da marca para Argentina, Brasil e Chile. "Ainda não definimos o investimento que faremos no Brasil, mas ele é muito superior ao da Argentina e Chile juntos", afirma Zetoné. Os argentinos devem somar forças com um banco brasileiro, cujo nome não foi revelado, para implantar suas lojas no país. Também já decidiram que vão usar o sistema de franchising para instalar a maioria das lojas no mercado brasileiro. Constantini O outro sócio no empreendimento, Costantini, volta a ser notícia no Brasil. Antes ganhou notoriedade ao arrebatar em leilão dois quadros de artistas brasileiros pelos preços mais altos da história: "Abaporu", de Tarsila do Amaral (US$ 1,3 milhão), e "Mulheres com Frutas", de Emiliano Di Cavalcanti (US$ 590 mil). Costantini, financista e ex-dono de banco, pretende montar um museu com seu nome que reúna as maiores obras-primas do modernismo latino-americano. Mas, pelo visto, a expansão da Tower Records se dará antes da abertura do Museu Costantini. Até o final deste ano, as três Tower Records portenhas já devem estar abertas. "O capital inicial para as três megastores de Buenos Aires é de US$ 10 milhões, incluindo aí o royalty pelo nome e know-how", disse Zetoné. Muitos discos, poucas lojas A fórmula de sucesso da Tower Records é abrir poucos locais de venda e ter milhares de discos espalhados em vários andares interligados por escadas rolantes e elevadores. O alvo é o cliente que vai atrás de discos e gêneros específicos, oferencendo não só os lançamentos ou os canditados a disco de platina da temporada. Esse mercado deve continuar dividido entre as redes já tradicionais, como a Hi-Fi e a Planet Music, no Brasil, e a Musimundo, na Argentina. "O especialista em jazz irá à Tower, mas os discos de venda massiva continuarão sendo nosso filão", afirma Gustavo Tráfaga, gerente-geral da Musimundo. Texto Anterior: Diadema faz oficinas para deficientes Próximo Texto: Love Galaktika traz tecno de DJs brasileiros e estrangeiros Índice |
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