São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997
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Governo descarta referendo

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O comando político do governo descartou submeter a reeleição a um referendo.
"Só consideraríamos o referendo se houvesse dificuldades de votos: vamos ganhar sem referendo nem plebiscito", afirmou o líder do governo na Câmara, Benito Gama (PFL-BA).
Os líderes governistas argumentam que o referendo não garantiria muitos votos de deputados oposicionistas à emenda da reeleição.
O PT -partido que propôs o referendo- decidiu não apoiar a reeleição em troca da consulta popular 60 dias após a decisão do Congresso. O PT tem 51 votos na Câmara.
"São uns 15 a 20 deputados que aceitam votar a reeleição", calcula o senador Roberto Freire (PPS-PE). Esses votos viriam de PPS, PV, PSB, PDT e também do PMDB e do PPB, avalia o senador pernambucano.
"Fica contra o referendo quem quer manter o monopólio de uma decisão como esta, quem defende o balcão de negócios", criticou Freire.
O coordenador do movimento pró-referendo, deputado Franco Montoro (PSDB-SP), encontrou-se anteontem à noite com FHC. O presidente não desestimulou as negociações do referendo.

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