São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997 |
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Gasto é 123% acima da inflação desde 90
MAURO ZAFALON
Os melhores anos para o setor foram 90 e 91, quando houve reajuste real de 19,8% e 27,7%, respectivamente. Já em 94 houve perda de 8,8%, mas o setor voltou a recuperar preços depois do Real. Em 95, o aumento superou em 22,7% a inflação média do período. No ano passado, o ganho foi de 15,1%. Mensalidade puxa índice Os aumentos no setor estão sendo puxados por matrículas e mensalidades escolares, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que faz acompanhamento semanal de preços no setor. Os paulistanos tiveram seus gastos com educação reajustados em 23% acima da inflação no Plano Real. Nesse período, matrículas e mensalidades aumentaram 116,6%, segundo a Fipe, com ganho real de 35% em relação à inflação média de 60,3% do período. Já o setor de material escolar e de livros didáticos não conseguiu acompanhar a inflação média, que foi puxada principalmente pelos itens de prestação de serviço. Expostos à maior concorrência interna, e à abertura da economia, os materiais escolares foram reajustados em 11,6% abaixo da inflação no Plano Real, segundo a Fipe. O mesmo ocorreu com os livros didáticos, que tiveram perda real de 10,9% no período. Este ano, no entanto, deve ser diferente para as escolas. Reajuste em janeiro Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, diz que não há mais espaços para pesados reajustes no setor de prestação de serviços. Escolas, aluguéis e outros serviços devem seguir a taxa média de inflação. O mês de janeiro, que deve refletir com maior intensidade os aumentos de matrículas e mensalidades escolares, acumula reajuste médio de 6,3% nos últimos 30 dias até o dia 15. Texto Anterior: Colégio diz que viagens são opcionais Próximo Texto: Dicas para os pais de alunos Índice |
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