São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997
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Neil Young vem ao Brasil em setembro

RUBENS LEME DA COSTA
FREE LANCE PARA A FOLHA

O cantor e compositor canadense Neil Young desembarca no Brasil em setembro para se apresentar em Belo Horizonte (MG).
Ele será a grande atração do Festival Minas-Canadá, que acontece entre os dias 1º e 15 de setembro na capital mineira.
O evento será promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e pela Polícia Montada do Canadá.
Além de Young, que tocará no dia 13 de setembro no estádio do Mineirão, virá o Le Grand Ballet Canadian. As presenças de Bryan Adams e Alanis Morissette ainda não estão confirmadas.
Neil Young vem especialmente para o festival, sem previsão para shows em outras cidades no Brasil.
É a primeira vez que o veterano cantor de 51 anos vem ao país. Considerado o "vovô maluco" do rock and roll, Neil Young vem mostrar seus mais de 30 anos de carreira, sem mostrar cansaço.
Desde que largou a cidade de Ontário, no Canadá, e aportou em Los Angeles para tentar a carreira de músico, sempre mostrou grande talento para escrever e compor.
Sua primeira banda foi o Buffalo Springfield, banda que durou de 65 a 68 e fez três discos. O grupo produziu clássicos como "For What It's Worth" e "Mr. Soul".
Após deixar o Buffalo em 68, começou no ano seguinte sua carreira com dois discos: "Neil Young" e "Everybody Knows This Is Nowhere", esse último com a presença pela primeira vez da Crazy Horse, banda que o acompanharia várias vezes em sua carreira.
Em 1970 é convidado por Stephen Stills, seu ex-parceiro do Buffalo, para integrar o primeiro "supergrupo" do rock: Crosby, Stills, Nash and Young. Lançaram dois LPs, "Déja Vu" e "4th Way Street". Além de Stills, havia David Crosby que tinha deixado os Byrds e Graham Nash, ex-Hollies.
Em 71 deixou o grupo e lançou em 72 o LP "Harvest".
Em 1979, lançou "Rust Never Sleeps", disco que homenageia na faixa "Hey Hey My My" Elvis Presley, além do então vocalista do Sex Pistols, Johnny Rotten, mostrando sintonia com o som punk.
Nos anos 80 Neil Young foi processado por sua gravadora, Geffen, por um motivo bizarro: não parecer consigo mesmo.
Isto porque Young flertou com o jazz, o rockabilly, jazz e até música eletrônica, no disco "Trans".
Durante os anos 80 fez também shows para arrecadar fundos contra a paralisia cerebral, doença que atacou seus dois filhos (veja texto ao lado). O disco "Trans" foi dedicado a eles, Dan e Zeke.
Em 89 conseguiu recuperar a credibilidade de velhos e novos fãs com o álbum "Freedom".
Após "Ragged Glory", de 90, partiu em turnê com o Sonic Youth, além de ser homenageado no LP "The Bridge", em que bandas como os Pixies e Dinosaur Jr. regravaram músicas do "vovô".
Por isso foi considerado como o pai do movimento "grunge", encabeçado pelo Pearl Jam.
Sua paixão pela música também lhe rendeu homenagens. Na década de 90 recebeu o título de "honoris causa" em música da Universidade Lakehead de Thunder Bay, Ontário, no Canadá.

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