São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997
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Annan tenta convencer EUA a saldar dívida na ONU

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, tentou ontem convencer o presidente dos EUA, Bill Clinton, e líderes da oposição no Congresso a pagarem a dívida de US$ 1,1 bilhão que o país tem com a entidade.
"Eu não acho que deva ser visto como um mendigo", disse Annan, que se elegeu para o cargo depois de os EUA terem usado o seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir a reeleição de seu antecessor, Boutros Boutros-Ghali.
O vice-presidente do país, Al Gore, desafiou Annan a transformar a ONU em um organismo que "desperdice menos e produza mais". Annan respondeu que, se os EUA pagarem sua dívida, ele terá condições melhores para reformar a ONU.
Os EUA não têm pago suas anuidades à ONU porque o Congresso acha que investir na entidade é jogar dinheiro fora. O presidente Clinton diz ser favorável ao pagamento, mas concorda com a necessidade de reformas na ONU.
A secretária de Estado, Madeleine Albright, que durante quatro anos representou os EUA na ONU, colocou entre suas prioridades no cargo regularizar o débito norte-americano com a organização.
Os EUA respondem por 25% do orçamento da ONU. Boutros-Ghali dizia que não podia administrar a ONU sem essa verba.
(CELS)

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