São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997
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Assessora de Clinton é suspeita de irregularidade

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Uma assessora do presidente dos EUA, Bill Clinton, tentou forçar o banco estatal Eximbank a aprovar incomum empréstimo de US$ 6,5 milhões para projeto empresarial coordenado por uma mulher que havia doado US$ 200 mil para a campanha de reeleição de Clinton.
O mais recente desdobramento do caso Asiagate foi publicado ontem pelo "The New York Times". Segundo o jornal, Maria Haley, veterana assessora de Clinton e nomeada para a direção do Eximbank por ele, obteve a aprovação para o financiamento da instalação da rede de locadoras de vídeo Blockbuster na Tailândia.
Pauline Kanchanalak, que representou os empresários tailandeses, donos do grupo Sun Tech, no negócio, fez uma das maiores doações sob suspeita de ilegalidade à campanha de Clinton. Quem recebeu a doação foi John Huang, o pivô do caso Asiagate. Kanchanalak foi recebida pelo presidente para um café na Casa Branca.
O negócio acabou não se realizando porque os grupos Sun Tech e Blockbuster não chegaram a um acordo. Um porta-voz do Eximbank disse ontem estar certo de que nenhuma irregularidade foi cometida pela instituição.
O objetivo do Eximbank é fazer financiamentos a baixos juros para incentivar a exportação. O negócio entre Sun Tech e Blockbuster envolvia apenas franchising.
(CELS)

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