São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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Paula deve ser julgada em abril

WILSON TOSTA
DA SUCURSAL DO RIO

Horas antes de o veredicto ser anunciado, o advogado Carlos Eduardo Machado, defensor de Paula Thomaz, disse que o resultado do julgamento de Guilherme de Pádua não teria qualquer influência no júri de sua cliente, que deve acontecer em abril.
"Não influencia nada, são coisas diferentes", afirmou Machado enquanto fumava um charuto perto da porta da sala dos advogados do 1º Tribunal do Júri.
"No caso da Candelária, o Emmanuel (soldado Marcus Borges Emmanuel) foi condenado e o Ministério Público acabou pedindo a absolvição de outros réus."
A tese do advogado de Paula é que ela sequer estava no local do crime. Em sua defesa, Pádua afirmou que foi a sua (hoje) ex-mulher que deu os golpes com tesoura que resultaram na morte da atriz Daniella Perez.
No processo, Paula é acusada com base em afirmações de policiais que disseram ter ouvido uma confissão da acusada, num carro da Polícia Civil.
Mas Paula sempre negou a suposta "confissão informal", prova que o advogado aponta como ilegal, assim como o "passeio" no carro policial, onde os agentes teriam pressionado irregularmente a ré a falar.
O advogado disse preferir não especular sobre as consequências da sentença de Pádua sobre o julgamento de Paula. Ele afirmou que acompanhava o júri para ter subsídios para sua atuação no caso.

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