São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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Espinhas aparecem em qualquer idade

PRISCILA LAMBERT
DA REPORTAGEM LOCAL

As desprezadas espinhas, que surgem no rosto deixando muitas vezes marcas profundas, não são um "privilégio" dos adolescentes.
Segundo especialistas, as verdadeiras causas da acne -inflamação das glândulas sebáceas- ainda são desconhecidas.
É possível detectar agravantes para o problema, como a proliferação de bactérias no aparelho pilo-sebáceo e a ocorrência de cravos nos orifícios de saída do sebo (veja quadro ao lado).
Outro agravante se refere ao hormônio masculino (andrógeno), que estimula a produção da secreção sebácea pelas glândulas.
O andrógeno começa a ser produzido pelo organismo humano na adolescência. É nessa época que as espinhas aparecem.
Segundo o dermatologista José Antonio Sanches Junior, secretário da Sociedade Brasileira de Dermatologia e médico-assistente do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), a acne ocorre preferencialmente na adolescência.
"Na idade adulta, a ocorrência é menor. Mas ainda não conhecemos totalmente a razão dessa diminuição", diz Sanches Junior.
Alguns fatores externos, no entanto, facilitam o aparecimento de espinhas também na idade adulta.
Uma das causas mais comuns do aparecimento de acne em mulheres é o excesso de cosméticos aplicados sobre a pele. Esses produtos aumentam a oleosidade e obstruem a passagem do sebo.
Atualmente existem cosméticos que não possuem óleo em sua composição. Esses produtos são os mais indicados para todos os tipos de pele.
A disfunção ovariana também pode ser um fator agravante. Algumas pessoas têm ainda pele mais sensível à quantidade normal de hormônios, o que pode aumentar o problema.
A acne é dividida por especialistas em graus de intensidade. O grau 1 designa pessoas que tenham apenas cravos (de graduação leve, moderada ou intensa).
O grau 2, indivíduos com cravos e algumas espinhas. Pessoas com espinhas e cistos estão incluídas no grau 3. Quem possui todas as lesões acima, com espinhas graves e cicatrizes, compõem o grau 4.
Os tratamentos variam de acordo com o grau de gravidade. O mais recente e eficaz é o ácido retinóico oral, um sal derivado da vitamina A (leia texto abaixo).

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