São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997 |
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Com medo, banhista troca praia por piscina
DA SUCURSAL DO RIO Durante 20 anos, o funcionário público Antônio Rodrigues, 29, frequentou a praia do Leme (zona sul do Rio).Este ano, com a invasão de cães ferozes nas areias do Rio, ele foi obrigado a trocar o banho de mar pelo mergulho na piscina. "Há uns 40 dias, eu e meus amigos estávamos na praia e passou um rapaz magrinho com um rottweiler solto. O PM viu e só mandou ele segurar. Acontece que é proibido cachorro na praia. Se o bicho resolvesse morder, ninguém ia segurar. Com apenas uma dentada ele estraçalha uma criança", disse Rodrigues. Ele conta que dono e animal deram vários mergulhos e passearam na areia até cansar, sem que a polícia tomasse providências. "Cada vez que a dupla passava perto de nós, entrávamos em pânico", afirmou. Naquele dia, o tormento do grupo de amigos não parou aí. Mais tarde, um outro jovem resolveu levar seu pit bull para dar um mergulho. "O cachorro começou a nos encarar e, de repente, partiu para cima. O dono fingiu que estava sendo arrastado, só para aumentar o nosso pânico." Daí em diante, Rodrigues desistiu do banho de mar. "Não se tem paz na praia. É impossível ficar tranquilo com um cão feroz solto ao seu lado. Enquanto essa situação permanecer, não volto ao Leme", disse. O que fazer O comandante do 19º BPM (Batalhão de Polícia Militar), tenente-coronel Maurício Fernandes, disse que o banhista deve exigir que o policial mande o dono do cão se retirar da praia. "Se o policial não tomar essa atitude, o banhista deve ligar para o batalhão", disse Fernandes. O telefone do 19º BPM é (021) 255-2995. Texto Anterior: Levar cachorro feroz à praia é moda no Rio Próximo Texto: Grupo do Leme cria 'cachorródromo' Índice |
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