São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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Grupo do Leme cria 'cachorródromo'

Donos de cachorros têm reuniões diárias

CRISTINA RIGITANO
DA SUCURSAL DO RIO

Na avenida Atlântica, no Leme (zona sul), um grupo de donos de cães fundou há dois anos o "cachorródromo".
Diariamente, cerca de 15 pessoas e seus respectivos animais se reúnem, às 17h30, para discutir problemas caninos. Um dos assuntos mais comentados são "regras" para o convívio dos cães com as outras pessoas.
"Todos nós levamos saquinhos para recolher as necessidades dos bichos. Tem gente que vê que estamos com o saquinho e mesmo assim reclama.
No outro dia, uma senhora reclamou da minha cadela e o neto dela jogou uma caixinha de sorvete no chão", disse a bailarina Vera Aragão, 47, uma das fundadoras do grupo.
As regras discutidas também são utilizadas pelos membros do grupo. Nas reuniões, só cães pequeninos e mansos têm permissão para ficar sem coleira. "Também sou contra deixar cachorro grande solto.
Além de ser perigoso para as pessoas, deixa os que estão na coleira em desvantagem", diz a bailarina.
Luiz Felipe, Dudu, João, Túlio... Vários cães do "cachorródromo" têm nome de gente.
A cadela da raça husky siberiano, de 1 ano, de Vera Aragão, recebeu o nome de Kelly Cristina.
Além das conversas educativas, eles se reúnem também em datas comemorativas, como aniversários e festas de fim de ano.
Para comemorar o Natal de 96, fizeram um amigo oculto.
"A Kelly tirou o João e deu um perfume de presente", contou a bailarina. "A gente já criou os filhos, agora cria os cachorros."

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