São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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Emigrante poupa US$ 6.000 em 1 ano, e não volta aos EUA

DO ENVIADO A GOVERNADOR VALADARES (MG)

Alair Sérgio de Oliveira, 41, passou um ano de sua vida fazendo faxina em supermercados de Newark, na região de Nova York.
Trabalhando cerca de 10 horas por dia, sete dias por semana, Oliveira conseguiu nesse tempo poupar US$ 6.000.
Há cerca de um mês de volta ao Brasil, Oliveira não pensa mais em retornar para os Estados Unidos.
Segundo ele, o excesso de trabalho não compensou financeiramente. Lá, longe da família e trabalhando duro, ele ganhava US$ 8 por hora (mais ou menos US$ 2.500 por mês). Como representante comercial no Brasil conseguia uma renda de cerca de US$ 1.500 por mês.
"Foi uma boa experiência de vida, mas não deu para ganhar muito dinheiro", afirma.
Segundo ele, o fato de o Real estar equiparado ao dólar diminuiu as vantagens de emigrar para os Estados Unidos.
Oliveira reclamou dos preços dos aluguéis e da alimentação nos Estados Unidos. "Se o sujeito quiser viver a vida dos americanos ele não consegue juntar dinheiro", acredita.
Para diminuir os gastos, ele dividia um apartamento com mais quatro brasileiros e comia o essencial. "Engordei oito quilos desde que cheguei ao Brasil", conta Oliveira, que pesa 102 kg.
A saudade da família foi outro fator que apressou seu retorno. "Hoje em dia, a 'América' compensa mais para quem é jovem e não tem compromisso", diz.

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