São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
CRASH
DA REDAÇÃO O escândalo de "Crash" teve início no ano passado, durante o Festival de Cannes. O filme provocou repulsa em parte da platéia, que considerou pornográfica esta história ao mesmo tempo fantástica e hiper-realista de um grupo de ex-acidentados que busca o prazer em batidas de carros e em automóveis destruídos. Mesmo dividido, o júri de Cannes -presidido por Francis Coppola- agraciou o filme com um prêmio especial "por sua originalidade, ousadia e inventividade".Desde então, "Crash", baseado no romance de J.G. Ballard, divide as platéias, irrita os conservadores e entusiasma a crítica de cinema. Em Londres, chegou a ter sua exibição vetada em algumas salas. Nos EUA, o magnata Ted Turner, dono da distribuidora do filme no país, tentou boicotar seu lançamento (agora previsto para março) por considerá-lo "doente". "Crash", 12º longa-metragem do diretor canadense David Cronenberg, é um dos filmes recentes mais incômodos do cinema, da mesma linhagem de "O Último Tango em Paris", "O Império dos Sentidos" e "Je Vous Salue Marie". Texto Anterior: A necessidade atual da inútil poesia Próximo Texto: Convite à comédia Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |