São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997
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Prefeitura de SP fecha 2 postos do PAS

LUCIANA BENATTI; MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois postos de atendimento do PAS (Plano de Atendimento à Saúde), localizados na Liberdade (região central) e no Jardim Aracati (zona sul), foram fechados no final do ano passado.
Segundo informações da assessoria de imprensa do PAS, o fechamento faz parte de uma política, da Secretaria de Saúde, de racionalizar os atendimentos do PAS.
A unidade Cidade Ipava, no Jardim Aracati, funcionava há cerca de um ano em uma casa alugada.
A casa tem quatro quartos, copa -que funcionava como sala de curativos-, cozinha -onde era feita a vacinação- e dois banheiros. Três médicos e uma enfermeira eram responsáveis pelo atendimento no local.
Em 30 de dezembro, o posto deixou de funcionar. Os pacientes foram informados que o local passaria por uma reforma e receberam orientação para procurar atendimento no PAS Parque do Lago, a dois quilômetros de distância.
"O Pitta fez um comício no Ipava e falou para o povo que a saúde seria prioridade", diz.
Segundo ela, o atendimento no posto era excelente. "Aqui para a gente é tudo difícil."
Funcionários do posto confirmaram a boa qualidade do atendimento no local.
Também a unidade do PAS na Liberdade (centro) -módulo 1-, foi fechada. O contrato de locação do imóvel, situado à rua Dr. Lund, expirou em dezembro.
Segundo a assessoria de imprensa do plano, o imóvel não atendia às necessidades de um posto de saúde e teria de ser reformado. Não teria havido acordo entre a prefeitura e o proprietário sobre quem pagaria a obra.
A região ainda estaria apresentando problemas de segurança.
Os pacientes e funcionários foram transferidos para as unidades do Cambuci, Bela Vista e Santa Cecília.
Outro lado
Em relação ao posto de Cidade Ipava, a assessoria afirmou que o fechamento foi determinado pelo módulo 10, dentro da política de racionalização das operações.
O posto abrangeria área de 5.000 habitantes, quando a recomendação internacional seria de uma unidade para cada 20 mil pessoas.
O local ainda estaria em desacordo com as normas sanitárias, sofrendo constantes faltas de luz e água. Os pacientes, médicos e funcionários foram direcionados à unidade do Parque do Lago.
(LUCIANA BENATTI e MAURO TAGLIAFERRI)

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