São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Consumidor liquida carnê e volta a gastar
FÁTIMA FERNANDES
Na rede de lojas Cem, por exemplo, 80% dos 80 mil crediaristas que liquidam o pagamento de uma compra no mês voltam a comprar a prazo no mesmo dia. Há um ano, esse percentual girava em torno de 50%. Antes do Plano Real, não passava de 10%. "Isso mostra que a população continua carente de uma série de produtos, sobretudo de eletroeletrônicos", afirma Natale Dalla Vecchia, diretor da Cem. O consumo desses produtos, diz ele, não mostra qualquer sinal de retração neste início de ano, como se chegou a prever no final de 1996. O faturamento da rede de lojas neste mês, conta, está 24,5% maior do que o de igual período do ano passado. Deve chegar a R$ 38 milhões. Em janeiro do ano passado, foi de R$ 30,5 milhões. A Cem tem cerca de 1 milhão de clientes que compram pelo crediário. Dalla Vecchia diz que o ânimo para o consumo se deve ao fato de os preços estarem estabilizados e os prazos continuarem longos. O SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), administrado pela Associação Comercial de São Paulo, indicador da venda a prazo, mostra que o crediário continua ativo. Até o dia 28, o número de consultas ao SPC era 55% maior que o registrado em igual período do ano passado. A expectativa da associação era que esse número ficasse próximo de 35%. Na Lojas Bernasconi, as vendas neste mês estão 20% maiores do que as de igual período do ano passado. No Magazine Luiza, esse crescimento também gira em torno de 15% e 20%. Luiza Helena Trajano Rodrigues, diretora do Magazine Luiza, diz que as vendas estão indo bem, mas não há explosão de consumo. Texto Anterior: Magazine Luiza evita pré-datado Próximo Texto: Fundo registra perda de R$ 4,9 bilhões Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |