São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BCN aperta roupa e quer dividendos

Equipe busca mais eficácia e atrair homens aos jogos

LUÍS CURRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje à noite, a torcida masculina de Osasco tem um motivo a mais para comparecer ao ginásio José Liberatti para ver a partida entre o BCN local e o MRV/Minas, válida pela Superliga feminina.
As atletas do BCN estarão estreando um novo uniforme, concebido com o objetivo de melhorar a performance e dar mais sensualidade ao corpo da mulher.
"O visual é fantástico. Vai ter muita gente querendo ver as meninas, não o vôlei", diz Antonio Grisi, vice-presidente do BCN.
O uniforme, confeccionado por uma estilista norte-americana a pedido da Olympikus -fornecedora de material esportivo do time-, foi apresentado ontem, em um bar da zona sul de São Paulo.
As jogadoras desfilaram em uma única peça (estilo "macaquinho"), bem diferente do conjunto antigo (camiseta e short).
Lembra o usado pela seleção australiana de basquete nos Jogos de Atlanta-96, que chamou bastante a atenção do público masculino.
Mas chega a ter mais semelhanças com o uniforme usado pelas mulheres que praticam ginástica aeróbica nas academias.
Segundo Gumercindo Moraes Neto, diretor de vestuário da Olympikus, o uniforme, uma mistura de suplex e lycra, deve aumentar o desempenho, pois tem maior aderência ao corpo.
"É a evolução do nylon", diz ele. "O suplex absorve e evapora o suor, e a lycra proporciona liberdade de movimentos."
Vantagens
O técnico Cacá Bizzochi disse que, além de ser "bonito", o uniforme, por ser colado ao corpo, pode trazer algumas vantagens. "As jogadoras se mantêm sempre aquecidas, o que pode diminuir as contusões."
Outro ponto positivo, analisa Bizzochi, diz respeito à arbitragem, "O uniforme da atleta tocava na rede e era marcada infração. Agora, será difícil acontecer."
O maior problema foi a adaptação. "No começo, algumas atletas estranharam, relutaram em usar, mas agora todas estão adaptadas", diz o treinador.
No período de testes, as jogadoras reclamavam que o "macaquinho" apertava muito. Após a "choradeira", a Olympikus fez modificações para que as jogadoras tivessem maior conforto.

NA TV - BCN x MRV/Minas; Globosat/Sportv, ao vivo, às 19h

Texto Anterior: Ingressos para a Copa de 2002 podem ser produzidos no Brasil
Próximo Texto: Sem Emerson, Indy inicia hoje sua pré-temporada na Flórida
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.