São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997
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REPERCUSSÃO

Barbosa Lima Sobrinho, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras - "Sempre o achei um grande escritor brasileiro. Vim aqui render homenagens a um colega que colocou tão alto as profissões de jornalista e escritor. Era um nacionalista, sentia nele um irmão na defesa das coisas brasileiras."

Ziraldo, cartunista - "Com sua extraordinária lucidez, Callado foi uma espécie de oráculo para a minha geração. Minha iniciação política passou por visitas a ele. Foi um grande companheiro de luta política."
"Perdeu duas batalhas no mesmo dia: a sua própria e a dessa desmoralização da ordem pública que foi a aprovação da reeleição. Pelo menos ele morreu sem o desgosto de ouvir o 'Uh! Tererê' no Congresso."

Oscar Niemeyer, arquiteto - "Além de grande escritor, era um homem muito bom, político, democrata, que lutou contra a ditadura. Faz falta."

Leonel Brizola, ex-governador do Rio - "O que mais nos ligou a ele foi o apreço e a admiração que aprendemos a ter por ele, como intelectual independente, expressando em seus textos os sentimentos mais caros do povo brasileiro. Não era doce na sua indignação, quando comentava o que ocorre no país. Mostrava-se duramente indignado."

Josué Montello, escritor e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras - "Você não vai encontrar na obra de Callado uma palavra que não seja pronunciável. Ele guardou essa elegância como uma maneira de ser. Foi um homem que, tendo nascido em Niterói, podia afirmar em inglês que tinha nascido em Londres."

Marcello Alencar, governador do Rio - "Foi um militante político, além de um enorme escritor. Ele aliava muito sua posição de escritor e pensador ao humanismo."
"Nenhum de seus romances foi escrito sem a inspiração de uma experiência de vida sua, de alguma pessoa próxima ou da coletividade. Ele não ficou só na meditação dos intelectuais."

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