São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997 |
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Câmara fica fechada até dia 5
DENISE MADUEÑO; DANIEL BRAMATTI
Desde ontem, não há sessões com votações marcadas e os deputados não precisam registrar suas presenças para efeito de corte de salário ou perda de mandato. Durante o período de convocação extraordinária, que se estende de 6 de janeiro a 6 de fevereiro, a Câmara praticamente resumiu suas votações à aprovação, em primeiro turno, da emenda que permite a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. O custo total da convocação do Congresso foi de R$ 40 milhões, aproximadamente. Projetos A deputada Marta Suplicy (PT-SP) espera há mais de três semanas por uma chance para colocar em votação seu projeto que regulamenta a união civil de homossexuais. O projeto não será mais votado durante a convocação extraordinária. O mesmo vai ocorrer com a reforma administrativa, que está parada desde a aprovação na comissão especial que analisou a emenda, no ano passado. A Mesa da Câmara ainda discute algumas regras para as candidaturas à sucessão do deputado Luís Eduardo Magalhães e para a composição partidária da Mesa, que varia de acordo com o tamanho das bancadas. O líder do PMDB na Câmara, deputado Michel Temer (SP), conta com o apoio oficial do presidente Fernando Henrique Cardoso e do atual presidente da Câmara. Ele vai disputar o cargo com os deputados federais Prisco Viana (PPB-BA) e Wilson Campos (PSDB-PE). Depois do dia 5, os deputados terão mais 11 dias de "férias", incluindo o Carnaval. Durante esse período, não serão marcadas sessões para votações. Os trabalhos na Câmara voltarão no dia 17 de fevereiro, já com o novo presidente da Casa. Reeleição Para acelerar a tramitação da emenda da reeleição, o presidente da comissão especial que analisa a emenda, o ex-ministro Odacir Klein (PMDB-RS), marcou uma reunião para a próxima terça-feira, dia 4. A comissão deve elaborar a redação da emenda com as modificações feitas no plenário após a votação dos destaques, preparando o texto para a votação em segundo turno no plenário da Câmara. A emenda deve voltar a ser votada pelos deputados apenas na última semana de fevereiro, provavelmente no dia 26. Ontem, começou a correr o prazo regimental de cinco sessões que separa os dois turnos de votação da emenda constitucional. Depois de ser aprovada em segundo turno, o texto seguirá para o Senado. (DENISE MADUEÑO e DANIEL BRAMATTI) Texto Anterior: FHC vira 'cabo eleitoral' de Michel Temer Próximo Texto: A convocação inútil Índice |
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