São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Candidato do PPB afirma ter 202 votos

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Prisco Viana (PPB-BA) diz já contabilizar o apoio de 202 dos 513 deputados à sua candidatura à presidência da Câmara. "O número tem variado de 202 a 207. Hoje (ontem) fizemos mais uma checagem e é mais ou menos isso", disse Prisco Viana.
Um dos coordenadores da campanha de Viana é um deputado rebelde do PFL, Ricardo Barros (PFL-PR). Ele ajuda a cooptar parlamentares do seu partido.
Segundo Barros, que votou contra a emenda da reeleição e está ameaçado de expulsão do PFL, Viana terá 15 dos cerca de 100 votos pefelistas na Câmara.
Pela lista de Barros, o candidato do PPB tem os seguintes votos a seu favor até agora: PMDB (16), PFL (15), bloco PPB-PL (84), PSDB (3), PT (39), PTB (14), PDT (17), PC do B (10), PSB (3) e PPS (1).
Segundo Prisco Viana, seu trabalho junto aos deputados está sendo feito "há muitos meses".
O principal argumento que usa é o seguinte: "Digo para os deputados que devem refletir se, depois de dar a reeleição para o presidente Fernando Henrique, também vão entregar a Câmara".
Para o pepebista, os deputados vão concluir até a quarta-feira que vem, quando se realiza a eleição, que "é melhor para o parlamentar ter uma Câmara forte e independente do Poder Executivo".
Anteontem pela manhã, por volta das 10h, Viana recebeu um telefonema do ministro Francisco Dornelles (Indústria, Comércio e Turismo), o único representante do PPB no ministério.
Dornelles trabalhou ativamente pela aprovação da emenda da reeleição. Só que, no telefonema a Viana, disse que não interferiria na eleição da Câmara.
"Que interesse teria ele de dizer isso se não fosse verdade? Eu nem sou do governo nem nada", comemorava ontem Viana. Para ele, essa suposta neutralidade de Dornelles vai ajudá-lo a conseguir a grande maioria dos votos do PPB.
Apesar do telefonema de Dornelles a Prisco Viana, segundo a Folha apurou, o ministro vê com ressalvas a candidatura do pepebista. Dornelles avalia que ele não tem chances.

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