São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997 |
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Planalto teme efeito de união PSDB-PTB EMANUEL NERI EMANUEL NERI; PATRICIA ZORZAN
As críticas à formação do novo bloco começaram ontem mesmo no PFL. O presidente do partido, deputado José Jorge (PE), disse: "O PSDB tem o Executivo e os ministros mais importantes. Deve-se esperar que, para evitar atritos, sejam mais ponderados". Com a nova aliança, o bloco PSDB-PTB tornou-se o maior bloco da Câmara -com 123 deputados-, passando a ter direito a presidências e relatorias das comissões da Casa. Antes, o PTB formava bloco com o PFL. O presidente do PFL acredita que o clima entre os dois partidos poderá se deteriorar caso o PSDB tente seduzir deputados do PFL para trocar de partido. "Isso criaria um clima muito ruim", afirmou. "Querer ocupar o espaço político sozinho seria ruim. Mas, por enquanto, isso não aconteceu", afirmou. O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), também ficou contrariado com a criação do bloco. O líder do PTB, Vicente Cascione (SP), disse que "há apenas intenção" de seu partido em formar o bloco parlamentar com o PSDB. Na próxima quarta-feira, Cascione tentará fechar o acordo. PPS O presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), disse ontem que considera natural a formação de um bloco entre seu partido e o PSDB. "Ainda não há nada definido, mas, como nós consideramos que o PSDB e o PMDB estão no campo democrático junto com os outros partidos de esquerda, qualquer aliança com essas legendas está dentro de nossa concepção." A idéia do bloco partiu do líder do partido na Câmara, Sérgio Arouca (RJ), que já entrou em contato com o secretário-geral do PSDB, Artur Virgílio. Colaborou Patricia Zorzan, enviada especial a Brasília Texto Anterior: Candidato do PPB afirma ter 202 votos Próximo Texto: ACM diz que já ganhou; Iris apela a FHC Índice |
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