São Paulo, terça-feira, 7 de outubro de 1997
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Bolsa de SP fecha com alta de 1,17%

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro nacional preferiu ignorar a nova onda de turbulência cambial no Sudeste Asiático e fixou atenção no que interessava: queda dos juros norte-americanos, alta da Bolsa nova-iorquina e maior oferta de papéis cambiais no mercado interno.
O resultado foi mais um dia de alta da Bolsa paulista e recuo das cotações do dólar negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros).
No caso da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa encerrou a sessão com valorização de 1,17% com relação ao fechamento de sexta-feira e movimento financeiro de R$ 819,9 milhões.
O aumento do fluxo de investimentos, tanto dos fundos de ações quanto dos investidores estrangeiros, tem puxado as cotações no mercado paulista. No caso dos investidores estrangeiros, segundo a Bolsa informou, as entradas superaram as saídas em R$ 518,9 milhões no mês de setembro.
O aumento do fluxo de dinheiro do exterior está sendo acompanhado por várias avaliações positivas que estão surgindo também de fora sobre os próximos meses do mercado brasileiro de ações.
Essas avaliações estão como sempre centrando a atenção em Telebrás, mas destacam os fundamentos positivos da economia do país como um dos atrativos para um possível interessado.
Câmbio
O Banco Central realiza hoje novo leilão de títulos atrelados à variação do câmbio, aumentando assim a oferta de "hedge" (proteção) para os investidores locais.
A intenção do BC é colocar no mercado US$ 1,6 bilhão em títulos cambiais, com prazos de vencimento de seis meses e dois anos.
O anúncio do leilão serviu para esfriar ainda mais o mercado futuro de dólar, que ontem viveu novo dia de recuo das cotações.
A moeda norte-americana para entrega em novembro, por exemplo, terminou o dia com queda de 0,05%, sendo negociada a R$ 1,105. A correção cambial projetada para outubro ficou em 0,80%.
Saldo
A notícia de saldo comercial de US$ 90 milhões nos primeiros três dias de outubro também ajudou a esfriar o mercado de câmbio.
Para o mês, no entanto, é esperado déficit de algo em torno de US$ 1,4 bilhão. (LUIZ CINTRA)

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