São Paulo, terça-feira, 7 de outubro de 1997
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Discografia do 'padre-mestre' ainda é pobre

IRINEU FRANCO PERPÉTUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A minúscula discografia do Padre José Maurício em CD vem crescendo, timidamente, nos últimos dois anos.
Ainda falta lançar obras fundamentais, como o "Réquiem", de 1816, que possui duas versões em vinil.
E as obras da primeira fase do compositor, solitariamente defendidas pelo grupo curitibano América Antiga, do maestro Ricardo Bernardes, também carecem de registro.
A obra-prima do padre-mestre, a "Missa de Santa Cecília", foi lançada em CD duplo pela Funarte, em 1995.
Trata-se da velha gravação ao vivo feita por Edoardo de Guarnieri, em 1959 -uma versão com o mérito do ineditismo, mas presa a uma concepção muito antiquada.
Com qualidade sonora um pouco melhor estão as "Matinas de Finados", gravadas em 1980 pela Associação de Canto Coral.
As "Matinas" foram regidas por Cleofe Person de Mattos, e lançadas na série Acervo Funarte, do selo Atração Fonográfica.
O Coro de Câmera Pró-Arte, regido por Carlos Alberto Figueiredo, é responsável por um honesto CD independente com as "Matinas de Natal".
Mas a melhor realização é, sem dúvida, a gravação de oito motetes pelo Ensemble Turicum, da Suíça, incluídas na coletânea "Sacred Music from 18th Century Brazil", do selo Claves.
Essas obras mostram como as técnicas da escola de música antiga podem ser aplicadas ao período colonial brasileiro, revelando a riqueza e o valor da produção deste período.
(IFP)

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