São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997
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Lençol reduz tarifa em Ribeirão Preto

CLAUDIO ANGELO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O uso do lençol subterrâneo para o abastecimento da cidade faz com que Ribeirão Preto tenha uma das tarifas mais baixas do Estado.
A água é captada em poços de até 370 metros de profundidade.
Atualmente, a tarifa mínima em Ribeirão é de R$ 2,20, o que equivale a R$ 0,22 por m3, menos que a metade que o valor cobrado pela Sabesp.
Segundo o diretor regional da Cetesb (Companhia de Tecnologia em Saneamento Ambiental), Ivo Clemente, a água é "barata demais" na cidade.
O Daerp (Departamento de Águas e Esgotos de Ribeirão Preto) também estuda a criação de tarifas populares, para pessoas de renda baixa que consomem até 10 metros 3 por mês.
Em São Carlos (244 km de São Paulo) a tarifa média também é inferior à da capital.
O metro cúbico de água na cidade, mais a ligação de esgoto, custa R$ 0,38. A tarifação é progressiva.
"O preço é justo para quem consome menos", afirma o diretor do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de São Carlos, André Fiorentino.
Falta d'água
Ribeirão Preto tem problemas de falta d'água no inverno em pelo menos cinco bairros.
Algumas regiões do Jardim Paulista, Parque Ribeirão, Castelo Branco, Adelino Simioni e Alto do Ipiranga ficam até 12 horas sem água na época da seca, quando o consumo aumenta mais de 35%.
Segundo Santini, o problema afeta cerca de 40 mil pessoas na cidade (10% da população).
"Quando o consumo aumenta, os reservatórios secam rápido demais, mas a velocidade com que a água cai continua a mesma", disse o engenheiro.
A constituição da rede de distribuição de água no bairro nobre do Sumaré (zona sul da cidade) obriga os habitantes de pelo menos cinco ruas a um rodízio permanente. Naquela região, falta água há mais de 20 anos do final da manhã até a noite.
"As ligações naquela área foram mal feitas, e nós ainda não sabemos exatamente onde estão os erros", diz o diretor-superintendente do Daerp, Romolo Prota.
O Daerp está estudando a substituição de cerca de 20% dos 130 mil hidrômetros da cidade por hidrômetros classe C, de maior precisão. Os hidrômetros classe C, importados da França, já funcionam em 455 casas de três bairros da cidade. Eles foram implantados gratuitamente durante o programa "Daerp casa a casa", realizado no fim do ano passado.

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