São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997
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Crimes na fronteira serão investigados

RUBENS VALENTE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A comissão dos direitos humanos da Câmara dos Deputados realiza na próxima quinta-feira uma audiência pública em Dourados (MS) para fazer levantamento de denúncias de assassinatos e desaparecimentos em regiões da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
A comissão chega ao Estado em avião da Polícia Federal, que mandará equipe para dar segurança aos deputados federais.
231 casos
A atenção dos deputados foi despertada pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) "Marçal de Souza", de Campo Grande.
O centro registrou 231 casos do gênero entre junho de 95 e julho de 97 -conforme foi revelado pela Agência Folha em 24 de agosto último.
Participam da audiência representantes da Procuradoria Geral da República, Ministério da Justiça, Movimento Nacional dos Direitos Humanos, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Polícia Federal e Amamsul (Associação dos Magistrados do MS).
A deputada Dalila Figueiredo (PSDB-SP) disse anteontem que a segurança pública na faixa de fronteira e na Grande Dourados é precária.
"Falta policiamento na fronteira seca", disse a deputada.
A linha seca entre Mato Grosso do Sul e Paraguai é de aproximadamente 750 quilômetros.
A deputada disse que esta semana conversou sobre o assunto por quase uma hora com o ministro da Justiça, Íris Rezende.
"A comissão pretende elaborar uma agenda para a região", anunciou a deputada.
Operação
Há duas semanas, as Polícias Civil e Militar prenderam oito pessoas em Fátima do Sul e Dourados sob acusação de formarem um grupo de pistolagem que teria assassinado mais de 20 pessoas na região.
Segundo a deputada, isso demonstra "um passo à frente", mas afirmou que o governo do Estado tem "um longo caminho a percorrer".
Também estarão na audiência pública em Dourados os deputados federais Pedro Wilson (PT-GO), presidente da comissão dos direitos humanos da Câmara, e Marçal Filho (PMDB-MS).

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