São Paulo, domingo, 19 de outubro de 1997 |
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Indústria paga mais por água no ABCD
MARCELO TEIXEIRA
Em São Caetano do Sul, por exemplo, a tarifa cobrada pelo Departamento de Água e Esgoto para uma família que gasta até 30 m3 por mês (a maioria da população está situada nesta faixa de consumo) é de R$ 0,80 por m3. Na mesma cidade, o m3 de água para uma indústria que gaste 50 mil m3 por mês custa R$ 8,72. Caso a indústria gaste mais que isso, o preço por m3 sobe, já que as tarifas são progressivas -quanto mais se gasta, mais se paga. Segundo a indústria farmacêutica Rodhia, a tarifa de água e esgoto de sua unidade em Santo André é a maior entre todas as unidades da empresa no Brasil, cerca de R$ 7,50 por m3. O diretor financeiro da Semasa, Heraldo Marcon, afirmou que esta diferença entre as tarifas residenciais e industriais faz parte do sistema brasileiro para a elaboração de tarifas. "No Brasil, as indústrias subsidiam a tarifa que é cobrada das famílias que gastam menos", afirmou. Em Diadema, a diferença entre as tarifas residencial e industrial também é grande, de acordo com informações da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema). O preço do m3 para uma indústria com gasto de 50 mil m3 por mês é de R$ 8,38. Uma família paga, pelo mesmo m3 de água, R$ 1,65, desde que gaste menos de 30 m3 por mês. Bauru Segundo o órgão, a cidade isenta as residências da cobrança quando o consumo é de até 5 m3. A partir de 6 m3, o consumidor é taxado em, no mínimo, R$ 2,40. Para imóveis não residenciais (incluindo as indústrias), o valor mínimo cobrado até 5 m3 é de R$ 10,40. Texto Anterior: Campinas tem água em 100% das casas Próximo Texto: Poços abastecem metade das cidades de SP Índice |
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